Brasileiro é preso por prática ilegal de medicina estética na Flórida

Por Arlaine Castro

BSO caso ELias
[caption id="attachment_173905" align="alignleft" width="313"] Foto: Broward Sheriff Office.[/caption] Elias de Oliveira Campos foi preso no dia 4 de outubro acusado de prática ilegal de medicina estética sem licença na Flórida. As informações são do Broward Sheriff Office. Campos teve a fiança estipulada em 25 mil dólares, mas pagou 10% da fiança, foi solto e vai responder ao processo em liberdade. Conhecido na comunidade, Elias comandava a clínica de estética “Dr. Celulite”, aberta em abril em Deerfield Beach e que oferece diversos tratamentos estéticos, inclusive tratamentos de celulites à base de produtos naturais, segundo Campos. Dentre os procedimentos realizados na clínica, também serviços de depilação a laser, depilação a cera, botox, micropigmentação, tratamentos faciais, alongamentos de cílios e e tratamentos de emagrecimento natural por "health coach”, conforme as páginas nas redes sociais (retiradas da internet há alguns dias). Denúncias na comunidade Além da acusação de prática ilegal de medicina estética pela polícia, Campos é acusado de extorsão financeira por alguns brasileiros da comunidade. Edmeia Cunha é uma das pessoas que alega ter sido lesada por Campos a quem diz ser um farsante. “No meu caso, ele propôs sociedade e não pagou. Me deve pelo menos $45 mil e continua tirando dinheiro das pessoas e se passando por médico. Ele se aproxima das pessoas propondo sociedade. Comigo, eu depositei o dinheiro em nome da companhia que abrimos, ele foi pegando o dinheiro até zerar a conta corrente”, afirmou. Segundo Cunha, que apresentou documentos sobre um processo datado de janeiro 2016 contra Elias e está reiniciando outro processo junto com outras pessoas que também foram lesadas, ele é uma ameaça. “Ele é um picareta, não tem formação nenhuma e usa de falsidade ideológica”, completou. A brasileira contou também que, em fevereiro, fez uma reclamação junto ao Florida Department of Health em Talahassee. “Não fui somente eu que fiz essa reclamação contra ele. Tem outras pessoas, inclusive médicos, que também foram lesados por ele de alguma forma”, afirma. Prática não licenciada de uma profissão de saúde ou o desempenho ou prestação de serviços médicos ou de cuidados de saúde De acordo com o Estatuto da Flórida, o regulamento de licenciamento para todas as profissões de saúde é uma prioridade do estado, e a licença para exercer a prática, bem como o treinamento e outras qualificações relevantes, devem ser aprovadas através da emissão de uma licença pelo órgão regulador apropriado ou pelo departamento quando não há conselho. “A prática não licenciada de uma profissão de saúde ou o desempenho ou prestação de serviços médicos ou de cuidados de saúde a pacientes neste estado sem uma licença válida e ativa para exercer essa profissão, independentemente dos meios de desempenho ou prestação de tais serviços, é estritamente proibida”, cita o Estatuto. É um crime de terceiro grau, punível como previsto em s. 775,082, s. 775.083 ou s. 775.084, praticar, tentar praticar ou oferecer-se para praticar uma profissão de assistência médica sem uma licença ativa e válida na Flórida para exercer essa profissão, com penalidade mínima por violação uma multa de $ 1.000 e um período mínimo obrigatório de encarceramento de 1 ano. O Gazeta News entrou em contato com Campos, que preferiu ainda não dar detalhes sobre o caso, mas disse que “a verdade virá à tona no momento certo e que vai responder por erro que tenha cometido”. Leia também Descoberta nova rede que trazia brasileiros ilegalmente para os EUA Brasileiros são presos por pesca ilegal de lagosta em Key West Brasileiros de rede de imigração ilegal são condenados à prisão em Miami