Carioca relembra o “pesadelo” vivido no 11 de Setembro

Por Arlaine Castro

OLYMPUS DIGITAL CAMERA
[caption id="attachment_124863" align="alignleft" width="208"] Rodrigo Rosa estava em um ônibus a caminho do trabalho, quando o ataque iniciou.[/caption]

Em 2001, o carioca Rodrigo Rosa morava em Fort Lee, New Jersey, e trabalhava como cabeleireiro em Manhattan. Na manhã da sexta-feira, dia 11 de setembro daquele ano, ele presenciou um dos maiores atentados da história dos Estados Unidos, contra as Torres Gêmeas, ou World Trade Center, em Nova York.

Dea cordo com o brasileiro, naquele dia, por volta de 8:50am, ele estava no ônibus em Edgewater, a caminho de Manhattan, quando viu o primeiro avião batendo contra uma das torres. Ainda sem saber ao certo o que estava acontecendo, como as demais pessoas ao seu redor, desceu e foi pegar o ferry boat para chegar até Manhatan, como fazia todos os dias. No entanto, ao entrar na rampa de acesso ao barco, viu a primeira torre indo ao chão e foi aí que se deu conta de que algo muito sério estava acontecendo.

“Em questão de minutos, as pessoas começaram a se apavorar. Algumas choravam, todo mundo tentava falar ao telefone ao mesmo tempo,

não sabiam bem o que estava acontecendo”, lembra. “Quem estava presenciando não sabia se era verdade ou se estavam presenciando uma cena de filme. Foi surreal. O que aconteceu foi gigantesco, eram torres imensas”, relata.

Ele lembra que, após a queda da primeira torre, ficou por volta de 1h30min tentando pegar o ônibus de volta pra casa. “O trânsito ficou um caos, ruas e avenidas interditadas, as pessoas gritavam, choravam assustadas”, afirma.

Quando estava no ônibus de volta, passando pela George Washington Bridge, o cabeleireiro viu a segunda torre cair. Ainda sem acreditar no que via, só foi se dar conta do que realmente da proporção do que acontecia quando chegou em casa e viu pela TV.

Rodrigo já estava de mudança para Miami programada para o mês seguinte ao atentado, e o 11 de Setembro só reforçou sua decisão.

O brasileiro já voltou a passeio a Nova York depois do ocorrido, e até tentou ir ao memorial que foi construído no lugar onde ficavam as torres, mas não conseguiu. “Cheguei até uma das esquinas próximas, mas senti algo ruim, muito estranho. Tem uma atmosfera pesada ali”, desabafa.

Aumentam os casos de câncer relacionados ao ataque

Uma pesquisa, realizada em junho deste ano, revelou que o número de casos de câncer ligados aos ataques 11 de setembro triplicaram em menos de três anos, com 5.400 pessoas sofrendo de 6.378 variações da doença - eram 1.822 vítimas em janeiro 2014.

O diretor médico do World Trade Center Health Program, Dr. Michael Crane, disse ao New York Post que o aumento para 5.441 pessoas diagnosticadas foi alarmante. “Pelo menos durante o último ano e meio tem sido constante vermos novas pessoas aqui serem diagnosticadas com câncer toda semana”, enfatizou.

Acredita-se que cerca de 50 tipos de câncer sejam relacionados com a fumaça tóxica e a poeira dos escombros das torres e que permaneceram por meses mesmo nos arredores do local.

Ray Pfeifer, 58 anos, bombeiro veterano, foi diagnosticado com câncer renal avançado alguns anos após os ataques de 2001. Apesar de ter sido submetido a 11 cirurgias e radioterapia para um tumor cerebral, Pfeifer acredita ser um dos sortudos. “Eu sou um cara de sorte, eu vivo há 15 anos com os meus filhos após o 11 de Setembro e eu ainda estou aqui, mesmo com câncer em estágio 4”.

Com informações do The Sun.