Corpo de brasileiro será velado nesta sexta, antes de seguir para o Brasil

Por Gazeta News

O corpo do jovem catarinense, Guilherme de Menezes Garcia, de 26 anos, foi liberado pelas autoridades para o funeral, marcado para a próxima sexta-feira, 20, das 6pm às 8pm, na Premier Funeral Home, localizada no endereço 3889, Powerline Rd, Oakland Park, 33309. Enquanto isso, a empresa contratada para o traslado trabalha na liberação da documentação para que o corpo possa seguir para o Brasil, o que deve ocorrer até o início da próxima semana.

A mãe do jovem, a gaúcha Carla Menezes, que viveu por dois anos nos EUA, mas se encontra atualmente em Joinville (SC), foi informada pela Polícia Federal sobre a morte do filho, mas está impedida de voltar aos EUA por ter vivido sem documentos no país por um ano.

Sem condições de arcar com os custos de traslado do corpo, a família e amigos iniciaram uma campanha para arrecadar fundos para pagar pelo funeral e transporte do corpo do jovem para que a mãe e as quatro irmãs possam dar o último adeus. “Tudo que eu quero é poder ver meu filho pela última vez, poder me despedir dele, já que os EUA não me permitiram isso nos últimos anos”, diz Carla, que é aposentada por invalidez e criou seus quatro filhos sozinha.

No site GoFundMe (gofundme.com/bringguihome), a página da campanha pretende arrecadar $12 mil dólares, valor necessário para o traslado. Até a tarde do dia 19, haviam sido doados aproximadamente $7 mil dólares.

A morte Segundo a mãe de Guilherme, o corpo do filho foi encontrado por um amigo e sócio – em uma empresa de construção e reformas -, com quem o brasileiro dividia a casa. O mesmo estranhou que o jovem não se levantou no horário de costume, e foi até o quarto de Guilherme, que estava já sem os sinais vitais. O resultado da autópsia que mostrará a causa da morte deve demorar até 12 semanas para ser divulgado, segundo foi informado à família.

Guilherme vivia no sul da Flórida desde 2006, quando se mudou para o país com a mãe. Em 2008, Carla precisou retornar ao Brasil por problemas pessoais e de saúde, enquanto Guilherme, maior de idade, continuou morando em Deerfield Beach. Depois disso, Carla não conseguiu retornar mais para os EUA e desde então viveu a angústia de ficar longe do filho nos últimos oito anos.

O catarinense foi casado com uma americana, com quem teve dois filhos e um relacionamento conturbado, também por envolvimento com drogas. Guilherme denunciou a esposa por maus tratos às crianças em 2015. A morte ocorreu exatamente dois anos após os dois filhos, um menino e uma menina, de 4 e 2 anos, respectivamente, que foram retirados do casal pela Justiça americana, terem sido adotados por outra família nos Estados Unidos.

“Para mim, meu filho morreu de tristeza, pois é muita coincidência. Ele nunca se conformou de ter perdido as crianças”, conta a mãe.

Consulado O Consulado Brasileiro em Miami afirma que não há previsão orçamentária legal para a União arcar com os custos relativos a traslado de corpos ou traslado de cinzas do exterior para o Brasil. Segundo o órgão, tais despesas, assim como a de sepultamento local, devem correr por conta da família do falecido ou de terceiros.