Brasileiro tem filho de volta após 5 anos de luta da Justiça brasileira

Por Marisa Arruda Barbosa

almir com o filho

Depois de quase cinco anos de luta na Justiça brasileira, Almir Couto Chumbinho finalmente conseguiu a vitória de forma inesperada. Sua ex-esposa, que levara seu filho de volta para o Brasil sem a autorização verdadeira do pai, voltou a viver em Orlando no mês passado por causa da crise econômica.

No dia 21, foi aniversário de 8 anos de Arthur Couto, mas quem ganhou o presente foi Almir. “Foi ele quem me ensinou o que realmente é o amor e este ano quem ganhou o melhor presente fui eu, por tê-lo de volta ao meu convívio, graças a Deus”, comemorou Almir.

Agora, Almir entrou com um pedido de guarda compartilhada do filho e tem mais fé que conseguirá a vitória na Justiça americana. “Na Justiça local eu confio”, disse ele.

Entenda o caso

Depois que Almir e sua ex-esposa se divorciaram definitivamente em Orlando, para onde se mudaram em janeiro de 2006, os dois estabeleceram, amigavelmente, a guarda compartilhada do filho, Arthur Couto, nascido em 21 de dezembro de 2007. Mas, em dezembro de 2010, ela entrou com o pedido da guarda junto à Justiça, já que tinha planos de voltar ao Brasil, de acordo com Almir.

Acontece que, antes da primeira audiência, marcada para o dia 7 de fevereiro de 2011, ela desapareceu com a criança e não atendia mais aos telefonemas. Almir conta que precisou chamar a polícia, até que ela finalmente o atendeu, afirmando estar em Orlando.

Porém, no dia 23 do mesmo mês, Almir teve uma surpresa. “Eu estava trabalhando e uma amiga me liga do Brasil, dizendo que tinha visto minha ex-mulher com o Arthur e a mãe dela no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo”, conta. “Eu não entendi, pois eu estava com os dois passaportes de Arthur em minha casa, como poderia ter acontecido isto?”. Almir foi à polícia de Orlando para dar queixa sobre o sequestro de seu filho e entrou em contato com o Consulado-Geral do Brasil em Miami e descobriu, depois de muito esforço, que a sua ex-esposa conseguiu a Autorização de Retorno ao Brasil junto ao consulado com uma assinatura falsificada do pai. Desde então, Almir travou várias batalhas judiciais e enfrentou a lentidão da Justiça brasileira, mas nunca conseguiu recuperar a guarda do filho por essas vias.

“É interessante como as coisas acontecem na hora certa”, avalia.