Brasileiro é executado na Indonésia

Por Gazeta News

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O brasileiro Rodrigo Muzfeldt Gularte, 42 anos, foi executado no dia 28, na Indonésia, onde foi condenado à morte por tráfico de drogas. Apesar dos apelos da comunidade internacional, a execução ocorreu por fuzilamento, junto com outros sete condenados: dois da Austrália, três nigerianos, um ganense e um indonésio. Uma condenada filipina foi poupada de última hora.

Gularte pediu à família para ser enterrado no Brasil. Como última tentativa de evitar o fuzilamento, advogados de Gularte chegaram a entrar hoje com recurso na Corte Administrativa de Jacarta pedindo a revisão do fato do presidente indonésio, Joko Widodo, ter negado clemência ao brasileiro.

Mais cedo, Angelita Muxfeldt, prima que visitou Gularte nesta terça, afirmou que ele não sabia que poderia ser executado nas próximas horas. A brasileira contou que seu primo estava muito calmo e ainda acreditava que seria solto.

O brasileiro foi diagnosticado com esquizofrenia por dois relatórios no ano passado. Em março, uma equipe médica reavaliou o brasileiro a pedido da Procuradoria Geral indonésia, mas o resultado deste laudo não foi divulgado.

Familiares e conhecidos relataram que Gularte passava seus dias na prisão conversando com paredes e ouvindo vozes. Dizem que ele se recusa a tirar um boné, que usa virado para trás, alegando ser sua proteção.

O brasileiro passou 11 anos em prisões da Indonésia. Ele foi preso em julho de 2004 após tentar entrar na Indonésia com 6 kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe e foi condenado à morte em 2005.

Gularte foi o segundo brasileiro a ser executado na Indonésia. Em janeiro, o carioca Marco Archer Cardoso Moreira foi fuzilado após ser condenado à morte por tráfico de drogas.

Execuções

Os condenados são levados para celas isoladas 72 horas antes da execução. Os prisioneiros, que são vendados, têm a escolha de ficar em pé, ajoelhados ou sentados perante o pelotão de fuzilamento. Suas mãos e pés são amarrados.

Cada prisioneiro possui 12 atiradores mirando fuzis em seu coração. Somente três dos 12 possuem munição em suas armas. As autoridades afirmam que desta maneira quem executa não é identificado.

Uma equipe médica fica no local para confirmar a morte dos prisioneiros após as execuções.

Depois da confirmação, os corpos são limpos e entregues às famílias, que esperam do lado de fora do presídio durante a execução.

As informações são do “G1”.