Brasileiros que estão processado ICE tiveram asilo negado

Por Gazeta Admininstrator

Os brasileiros Jaime Miranda e Daniel Padilha, que decidiram processar o ICE (Immigration and Customs Enforcement) alegando terem tido negado o direito a tratamento psiquiátrico em um centro de detenção da Flórida, chegaram ilegalmente aos EUA em outubro de 2008, em uma embarcação que trazia 40 indocumentados do Brasil, República Dominicada e Honduras. Na ocasião, a mesma equipe de advogados, Roxx & Associates, pediu ao governo norte-americano, asilo político para os dois. Não conseguiu.

A alegação de Daniel Padilha foi de que estaria sendo perseguido no Brasil por causa de sua opção sexual. Jaime Miranda alegou que estaria sendo vítima de ameaças por parte de gangues brasileiras. Nenhum dos dois convenceu a justiça.

Passados cinco meses, eles tentam agora convencer a justiça de que sofrem de estresse pós-traumático e que, por isso, deveriam ter recebido tratamento adequado enquanto mantidos no Broward Transition Center, em Pompano Beach. O estresse de ambos seria, segundo a alegação, resultado do trauma sofrido com o fato de a embarcação ter afundado e alguns dos ocupantes terem morrido.

A ação contra o ICE pede a liberação dos brasileiros, ou transferência para uma unidade que possa oferecer a eles tratamento mental, além de indenização por terem sido submetidos “sofrimento e dor” .

A porta-voz do ICE, Nicole Navas, disse que “seria inapropriado para o ICE comentar temas referentes a um litígio pendente”.