Brasileiros relatam tiroteio em ponto turístico de NY

Por Gazeta News

Tiroteio transformou o cenário em frente ao Empire State Building, em Nova York.

O tiroteio em frente a um dos principais pontos turísticos de Nova York, o Empire State Building, que deixou duas pessoas mortas e pelo menos outros nove feridos nas proximidades, causou momentos de apreensão principalmente entre os turistas de todo o mundo que visitam o local.

Pessoas aglomeraram no local no momento da tragédia em busca de mais informações. A tragédia ocorreu pouco depois das 9am, na parte de fora do edifício de 102 andares, um dos principais pontos turísticos de Manhattan e próximo a outros destinos populares entre os visitantes, como a Times Square e a loja de departamentos Macy’s.

O autor dos disparos, que foi morto por policiais, teria sido demitido há cerca de um ano de uma empresa da região e teria atirado três vezes contra um antigo colega de trabalho, que também acabou morto.

A vítima foi Steve Ercolino e o atirador foi identificado como Jeffrey Johnson, de 53 anos, que portava uma pistola semiautomática calibre 45. Segundo o comissário de polícia de Nova York, Ray Kelly, Johnson teria trabalhado por seis anos em uma empresa chamada Hazan Imports como designer de acessórios femininos, mas foi demitido em um corte de pessoal há cerca de um ano.

As informações desencontradas logo após o incidente contribuíram para o clima de preocupação nos arredores do Empire State Building. O trânsito de carros e pedestres na área foi bloqueado e turistas, jornalistas e curiosos se aglomeravam próximo ao cordão de isolamento para tentar conseguir mais notícias sobre o incidente.

A empresária Ellen Lopes, de São Paulo, disse ter ouvido que uma turista estaria entre as vítimas - o que não se confirmou - e contou que ficou “assustada”. “Preocupada você fica, apesar de estar acostumada com a violência no Brasil”, disse a empresária, que afirmou já ter visitado Nova York algumas dezenas de vezes. Apesar da apreensão com os tiros, outros turistas brasileiros que estavam na região afirmaram à “BBC Brasil” que o episódio não deve mudar seus planos de visitar Nova York e nem deixar uma sensação de medo em relação à cidade.

O cabeleireiro Giovanni Wanderlinde, de Itajaí, Santa Catarina, que visita a cidade pela terceira vez, afirma que foi alertado sobre o tiroteio por amigos pelo site de relacionamentos “Facebook” e decidiu sair do hotel e ir até o local. Já o publicitário Márcio Pascal, de São Paulo, contou que estava caminhando em direção à loja de departamentos Macy’s quando viu a movimentação de curiosos e parou para olhar. Informado pela reportagem da “BBC Brasil” sobre a natureza do incidente, ele disse “não ficar preocupado”.

“Não muda nada, ainda mais para quem mora no Brasil”, disse Pascal, que contou ter visitado a cidade quatro dia após os ataques de 11 de setembro de 2001.

Violência de armas O incidente em Nova York ocorre pouco menos de 20 dias após um homem ter aberto fogo em um templo sikh na cidade de Oak Creek, no Estado americano de Wisconsin, matando seis pessoas. Pouco antes, no dia 20 de julho, 12 pessoas foram mortas quando um atirador abriu fogo contra a audiência de um cinema na cidade de Aurora, no Estado do Colorado.

Embora as autoridade, até o momento, não tenham relacionado o incidente a “terrorismo doméstico”, como nos casos anteriores, em entrevista após o tiroteio, o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, disse que, apesar de ser segura, a cidade não está imune ao que chamou de “problema nacional de violência de armas”.

Bloomberg tem pressionado o presidente Barack Obama e o candidato republicano à Presidência dos EUA, Mitt Romney, a alterar a legislação que permite o porte de armas de fogo no país.