Brasileiros se desentendem com torcida do Real

Por Gazeta Admininstrator

Os jogadores brasileiros do Real Madrid criticaram as vaias da torcida e disseram que com a pressão o time “não vai a lugar nenhum”.
Depois da partida de domingo contra o Osasuna, no estádio Santiago Bernabéu, que terminou em 1 a 1, Ronaldo e Júlio Baptista disseram que a atitude dos torcedores prejudica a equipe.

"Assim não vamos a lugar algum", disse Baptista.

As vaias, que têm ocorrido há pelo menos três rodadas do campeonato espanhol, antes eram para técnico Vanderlei Luxemburgo, que foi demitido no início do mês.

A atitude da torcida já tinha sido criticada por Ronaldo.

Sem entrevistas

"Não se ganha nada com essa tensão. É preciso mudar essas vaias, porque assim não vamos a lugar algum", disse o meio-campista após o jogo.

Ronaldo, falando ao Canal Plus, que transmitiu a partida, disse na saída de campo que a torcida reagiu "como sempre". E que "às vezes o Real Madrid parece que joga fora de casa".

Os jogadores brasileiros do Real Madrid – que jantaram na passada quinta-feira com Vanderlei Luxemburgo na capital espanhola – decidiram que não darão mais entrevistas até o ano que vem.

Ronaldo, Roberto Carlos, Baptista e Robinho têm sido chamados pela imprensa espanhola de "clã brasileiro" e acusados de dividir o vestiário, organizando um grupinho exclusivo.

"Isso é mentira", disse Baptista. "Somos amigos, mas vamos todos numa mesma direção, que é o time."

Essa divisão teria ficado clara, segundo a imprensa espanhola, no dia em que foi anunciada a demissão de Luxemburgo.

De acordo com uma informação, não confirmada pelos atletas, Roberto Carlos teria chamado a atenção de alguns companheiros no vestiário do centro de treinamento do Real.

Segundo a imprensa espanhola, um jogador, com a condição de anonimato, teria relatado o episódio.

Segundo esse jogador, Roberto Carlos teria dito: "Já podem ficar contentes, conseguiram o que queriam".