Brasileiros se unem para ajudar Flórida e Porto Rico

Por Arlaine Castro

casas destelhadas Porto rico foto Fabiany Lima

Falta comida, água, energia e “motivação”

Quem está em Porto Rico reclama que a ajuda federal americana está demorando a chegar e falta comida, água, há longas filas em supermercados e racionamento e pouca comunicação. “As pessoas andam pela rua durante o dia como que perdidas, desoladas”, relata a paulista Fabiany Lima, 38 anos, que se mudou para Porto Rico em abril e passou pelos dois furacões.

O apartamento onde Lima mora teve o teto e as janelas arrancadas e a parede explodiu com a corrente de vento. “A sorte que a parte de baixo não foi muito danificada e é onde estou hoje”, explica.

Com a situação caótica, Lima conta que encontra pessoas na rua sem comer há dias. “As pessoas que ainda estão aqui precisam de assistência”, destacou. Segundo a brasileira, há racionamento de água e comida, falta energia, não há comunicação e houve aumento abusivo de passagens aéreas.

Samaritan’s Purse Hurricane Relief A Calvary Chapel de Fort Lauderdale, junto com a ONG Samaritan’s Purse, organizam um grupo de voluntários da ONG Samaritan’s Purse Hurricane Relief e realizam viagens semanais para limpeza e ajuda aos moradores da área de Key West até o dia 11 de outubro, e após essa data, planejam começar a ajuda a Porto Rico.

A carioca Paula Oliveira é uma das voluntárias do grupo que sai diariamente do aeroporto executivo de Fort Lauderdale para Key West e de lá segue de ônibus até Big Pine Key, uma das áreas mais devastadas das Keys. “As ilhas antes de Key West estão destruídas, é uma pena”, conta. No próximo mês a brasileira pretende realizar a ajuda em Porto Rico.