Briga política deixa milhões de imigrantes no limbo

Por Gazeta News

DACA - Obama em reuniao com beneficiários do DACA em maio de 2013 - foto Pete Souza Casa Branca

Milhares de jovens não puderam dar entrada em seus pedidos ao DACA depois que um juiz federal do Texas bloqueou temporariamente a ordem executiva do presidente Barack Obama, que protegeria milhões de pessoas da deportação. O juiz, respondendo a um processo aberto por 26 estados administrados pelo partido republicano, não decidiu se a ação do presidente é ou não ilegal, mas disse que existem evidências suficientes para colocar uma suspensão na ordem enquanto o caso segue em frente.

“Nenhuma lei deu à administração o poder de dar a 4.3 milhões de indocumentados o que o Department of Homeland Security chamou de ‘presença legal’”, disse o juiz Andrew S. Hanen, de Brownsville, no Texas. “Na verdade, a lei determina que esses indivíduos presentes ilegalmente no país sejam removidos”.

Parte da ordem executiva entraria em vigor no dia 18, quando jovens elegíveis ao Deferred Action of Childhood Arrivals (DACA) poderiam dar entrada em seus processos. O DACA já está em vigor desde 2012, mas a ordem executiva expandiu os limites para que jovens que chegaram aos Estados Unidos ilegalmente como crianças. Esses jovens seriam protegidos da deportação e receberiam permissão de trabalho. Estima-se que 270 mil jovens tenham sido afetados.

Mais tarde, em meados de maio, entraria em vigor a parte da ordem executiva que privaria pais de cidadãos e residentes americanos da deportação através do Deferred Action for Parents of Americans (DAPA). Eles teriam que viver no país por pelo menos cinco anos e muitos deles poderiam receber permissão de trabalho.

Na manhã do dia 18, a Casa Branca disse em um comunicado que as ordens executivas estão dentro da autoridade legal do presidente, dizendo que a Suprema Corte dos Estados Unidos e o Congresso disseram que oficiais federais podem estabelecer as prioridades de aplicar as leis de imigração. As informações são do “Washington Post” e do “New York Times”.