Briga por custódia da filha pode se tornar novo ‘caso Sean’

Por Gazeta News

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[caption id="attachment_79034" align="alignleft" width="300"] Flávia Harpaz com a filha, Samantha. Foto: Arquivo Pessoal/Estúdio Momento.[/caption]

Há anos, a publicitária carioca Flávia Harpaz, mãe de Samantha, de cinco anos, vive um inferno. Ela tem medo que, a qualquer momento, sua filha seja levada para viver com o pai, que vive em Illinois (EUA). Samantha nasceu em 2008 nos Estados Unidos, onde Flávia e o então marido, o brasileiro Mauricio Sadicoff, moravam.

Quando os dois estavam em processo de separação, Flávia viajou ao Brasil com a filha do casal em 2009 para visitar a avó. A autorização judicial era de ficar apenas duas semanas, mas ela permaneceu com a filha no país até hoje.

Maurício entrou na Justiça americana e, em outubro, com base na Convenção de Haia, que dispõe sobre o sequestro internacional de crianças, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu a favor de Mauricio, considerando que foi um erro Flávia permanecer no Brasil sem permissão do pai da criança.

Mas Flávia alega que o ex-marido era violento, a agredia física e verbalmente, motivo pelo qual ela conseguiu uma ordem de restrição para afastá-lo dela. Quando os dois se casaram, era o sonho dele ir para os EUA. Eles viveram por seis meses na Flórida e, quando ele perdeu o emprego, se mudaram para uma cidade pequena em Illinois, onde havia conseguido um novo trabalho. Lá, a vontade de Flávia voltar ao Brasil só aumentou, além de que, segundo ela, ele foi mudando o comportamento e os dois chegaram à separação.

Pra tentar reverter a situação e chamar a atenção da opinião pública, a campanha “#FicaSamantha (#StaySamantha) tem tomado conta das redes sociais.

O advogado Eduardo Rodolfo de Carvalho, que representa Flávia, disse estranhar a postura da Advocacia-Geral da União (AGU), que defende os interesses de Mauricio no STJ. “É um caso esdrúxulo, a AGU está fazendo papel de advogado particular. São dois brasileiros, não é como o caso de Sean Goldman, em que a mãe tinha morrido e o pai era americano”, comparou o advogado, de acordo com o “Estadão”.

O GAZETA ainda tentava contatar as partes envolvidas até o fechamento da edição. Com informações da “Revista Glamour” e “Estadão”.