Bush ataca democratas em discurso no Alasca
O presidente americano, George W. Bush, voltou a atacar os críticos da guerra do Iraque nesta segunda-feira, durante um discurso no Alasca, onde parou antes de seguir viagem para a Ásia.
Bush disse a tropas reunidas na base militar de Elmendorf que democratas que apoiaram os planos da Casa Branca de invadir o país agora estavam tentando "reescrever o passado".
"Eles estão fazendo política com esse assunto, e eles estão enviando sinais confusos para as nossas tropas e para o nosso inimigo. Isso é irresponsável", disse Bush, em comentários semelhantes aos que fez na sexta-feira.
O presidente leu declarações de senadores democratas na época do conflito, apoiando a invasão.
"Líderes do meu governo e membros do Congresso de ambos os partidos viram as mesmas informações – e chegaram à conclusão de que Saddam Hussein era uma ameaça."
Giro asiático
Depois da passagem pelo Alasca, Bush seguiu viagem para a Ásia, onde vai visitar quatro países e participar da reunião anual da Apec (Fórum de Cooperação Econômica Ásia–Pacífico, na sigla em inglês).
Em uma viagem de oito dias, Bush visitará Japão, Coréia do Sul, China e Mongólia.
Entre os principais assuntos na sua agenda, estão uma possível pandemia da gripe aviária e comércio.
No Japão, sua primeira parada, Bush deverá fazer um discurso sobre o poder da democracia, segundo a agência de notícias Associated Press.
Na Coréia do Sul, o presidente americano se juntará a 20 líderes da região Ásia-Pacífico para discutir maior cooperação nas áreas de comércio e segurança, assim como planos para conter o avanço da gripe aviária.
Analistas avaliam que Bush terá de ser especialmente habilidoso na sua visita à China para falar de temas delicados como comércio, política monetária chinesa, direitos humanos e Taiwan.
Na Mongólia, última etapa da viagem, Bush deverá ter uma recepção mais calorosa. O país é aliado dos Estados Unidos no Iraque.