Bush diz que quer saída pacífica para tensão com Irã

Por Gazeta Admininstrator

Bush disse que mundo precisa enviar mensagem unificada ao Irã
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse nesta sexta-feira durante um encontro em Washington com a primeira-ministra da Alemanha. Angela Merkel, que quer ver a tensão relacionada ao programa nuclear iraniano resolvida de forma pacífica.
"Nós passamos algum tempo conversando sobre a questão iraniana e o desejo de resolver essa questão diplomaticamente, trabalhando juntos", disse Bush.

Os Estados Unidos e outros países querem que o programa nuclear iraniano seja suspenso por acreditarem que o Irã tenha a intenção de desenvolver armas atômicas. O governo iraniano nega isso, e diz que só quer ter domínio da tecnologia para fins pacíficos, de produção de energia.

"O atual presidente iraniano anunciou que a destruição de Israel é uma parte importante de sua agenda. E isso é inaceitável. E com o desenvolvimento de uma arma nuclear, me parece que ele estará mais próximo de realizar isso."

Conselho de Segurança

Bush se recusou a fazer especulações sobre se o Conselho de Segurança da ONU, caso venha a analisar a questão do programa nuclear iraniano, deve aprovar a adoção de sanções contra o país.

O presidente, porém, disse que é "lógico que um país que rejeitou manobras diplomáticas" seja enviado ao Conselho.

Ele completou dizendo que os Estados Unidos, a Alemanha e outras nações precisam "enviar uma mensagem em comum aos iranianos... que eles não devem ter uma arma nuclear para chantagear ou ameaçar o mundo".

Também nesta sexta-feira, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse que o país não voltará atrás de jeito nenhum da decisão de retomar seu programa nuclear.

Ele afirmou que o Irã tem o direito de possuir tecnologia nuclear e deve fazer outros países compreenderem que não está em busca de armas nucleares, já que elas são, em suas palavras, antiislâmicas.

Visitas-relâmpago

A crise se intensificou nesta semana, depois que o Irã removeu os selos que impediam a entrada em três locais de pesquisa nuclear no país, incluindo uma usina de enriquecimento de urânio em Natanz. O programa nuclear iraniano estava congelado havia dois anos.

"O governo vai ser obrigado a acabar com as medidas voluntárias, se for levado ao Conselho de Segurança", disse o Ministro das Relações Exteriores iraniano, Manuchehr Mottaku, à agência de notícias estatal, Irna.

Entre as medidas estão as visitas-relâmpago da Agência Internacional de Energia Atômica ao país.

No momento, o Irã permite visitas dos inspetores da ONU sem aviso prévio e em todos os locais onde há atividades ligadas à energia nuclear e insiste que as inspeções mostram a abertura do país.

Uma lei aprovada recentemente no país, obriga o Irã a acabar com as visitas se o país for levado ao Conselho de Segurança.