Bush é contra a versão do hino dos EUA em espanhol.

Por Gazeta Admininstrator

Criado para ser o tema das manifestações nacional de imigrantes, a versão em espanhol do hino nacional americano publicada nessa última sexta-feira(28) está gerando protestos pelo país, começando pela Casa Branca, onde o presidente George W. Bush afirmou que o hino deve ser cantado em inglês.

O produtor de "Nuestro Himno" esclareceu que a o motivo principal era demonstrar patriotismo, adaptar uma "ode" aos imigrantes que procuram uma vida melhor. No entanto, para os críticos, a música é uma falta de respeito a um símbolo nacional por alterar alguns sentidos e coloca o que consideram o "problema" dos imigrantes, a falta de assimilação cultural.

Hoje há 12 milhões de imigrantes ilegais nos Estados Unidos, e o Senado norte-americano tenta negociar uma lei que legalize a situação de boa parte deles. Proposta já aprovada pela Câmara prevê criminalização e expulsão. Hoje será feita uma paralisação nacional de imigrantes legais e ilegais para pressionar o Congresso com uma demonstração de força econômica.

"O hino nacional deve ser cantado em inglês. E eu acho que aqueles que querem ser cidadãos deste país devem aprender o hino em inglês. Eles devem aprender e cantar o hino em inglês", avalia o presidente George W. Bush.

Adam Kidron, produtor britânico radicado nos EUA, é o criador do hino, que é cantado por várias estrelas latinas, seguindo o mesmo estilo do "We Are the World", de 1985. Entre eles, Gloria Trevi, Ivy Queen e Wyclef Jean.

A primeira parte da canção é uma tradução próxima do "Star Spangled Banner", poema de Francis Scott Key produzido durante a guerra de 1812 contra o Reino Unido, exceto pela introdução: "Latinos, latinas, hermanos, hermanas: somos latinos, papá!".

O hino segue uma versão ligada ao pop latino a melodia tradicional e celebra, com um viés pró-imigração, a "bandeira estrelada" como símbolo de resistência na luta pela liberdade. A segunda parte da canção tem mudanças mais explícitas, ligadas ao debate de imigração: "Somos iguales, somos hermanos, és nuestro himno!".

"Os franceses aceitariam que se cantasse a "Marselhesa" em inglês como sinal de patriotismo? Claro que não", disse Mark Krikorian, diretor do Centro para Estudos de Imigração.