Bush pede pacote de isenção fiscal de US$ 145 bi para conter a crise
O presidente norte-americano, George W. Bush, pediu nesta sexta-feira um pacote de isenção fiscal de cerca de US$ 145 bilhões para estimular a economia dos Estados Unidos e evitar que o país caia em uma recessão. Para que tal medida seja efetiva, Bush disse que o pacote de estímulo à economia precisa representar cerca de 1% do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA --segundo dados recentes, isso representaria os US$ 145 bilhões.
O medo de que a maior economia do planeta entre em recessão e os reflexos afetem as economias globais tem derrubado os principais mercados ao redor do planeta. A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) já acumula desvalorização de 10,72% no ano, ficando na casa dos 57 mil pontos, em seu mais baixo patamar em quase quatro meses --hoje, opera instável. Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones registra perdas de 8,33% em 2008.
Segundo discurso feito por Bush, o plano de isenção incluiria benefícios para empresas e para as pessoas físicas. "Ao aprovar um pacote efetivo de crescimento, daremos uma injeção na veia para manter um crescimento econômico fundamentalmente saudável", afirmou em pronunciamento. "Deixar que os americanos fiquem com mais de seu dinheiro deve fazer crescer os gastos com consumo."
O presidente disse ainda que o Congresso precisa trabalhar o mais rápido possível para enviar a ele propostas que "mantenham a economia crescendo e criando empregos". Ele não detalhou o pacote, apenas expôs princípios para orientar a preparação das medidas.
Bush afirmou que seus conselheiros acreditam que a economia pode continuar a crescer, mas que há um risco de desaceleração. "Nossa economia tem uma base sólida, mas... há áreas de preocupação real."
O secretário do Tesouro norte-americano, Henry Paulson, por sua vez, adiantou que a maior parte do pacote deverá ter o consumidor como alvo principal. Além disso, o pacote poderá estimular a criação de 500 mil empregos, segundo ele.
Para ele, qualquer pacote de estímulo precisará ser simples e ser adotado rapidamente, para que sua aprovação pelo Congresso seja acelerada.
