Bush propõe menos gastos na saúde e mais em defesa

Por Gazeta Admininstrator

O Orçamento de 2007 prevê gastos totais de US$ 2,7 trilhões (4,5 vezes o Produto Interno Bruto do Brasil).

Cópias da proposta de Orçamento foram distribuídas no Congresso
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, enviou nesta segunda-feira ao Congresso seu projeto de Orçamento para o próximo ano, que prevê cortes para programas sociais e mais gastos na área militar e em segurança interna.

Bush reafirmou seu desejo de tornar definitivos os cortes de impostos realizados, mas disse que ainda pretende reduzir pela metade o déficit público até o fim de seu mandato.

Desde que tomou posse em seu primeiro mandato, em 2001, Bush vem enfrentando problemas financeiros por conta de uma série de fatores.

Houve um aumento no gasto público em segurança interna e internacional após os atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York e em Washington.

O enfraquecimento da economia em seu primeiro mandato também prejudicou a arrecadação de impostos.

Além disso, Bush promoveu uma série de cortes de impostos após tomar posse.

Esses cortes devem perder validade nos próximos anos, mas apesar dos crescentes déficits públicos desde que Bush assumiu a Presidência, ele reafirmou seu desejo de tornar os cortes permanentes.

Apesar disso, ele ainda pretende reduzir o déficit pela metade até 2009 cortando gastos em áreas não relacionadas à segurança.

Projeto eleitoral

Segundo a correspondente da BBC Daniela Relph, o Orçamento de 2007 foi elaboração com as eleições deste ano para o Congresso em mente.

O presidente sofre uma pressão política de seu Partido Republicano para controlar os gastos e o déficit, previsto para atingir níveis recordes neste ano.

Bush descreveu seus planos financeiros focando a proteção de cidadãos americanos e de seu território.

Com esse argumento, a Casa Branca pretende eliminar ou reduzir significativamente 141 programas sociais, gerando uma economia de US$ 14,5 bilhões.

O maior atingido pelos cortes é o Medicare, o sistema de saúde pública.

Os cortes planejados enfureceram os democratas, que acusam o Orçamento de não atender as pessoas em necessidade e de beneficiar alguns grupos de interesse.

Os principais beneficiados com o Orçamento são os Departamentos de Defesa e de Segurança Interna.

Ambos receberão aumentos de 5% em seus orçamentos para lidar com os custos militares no Iraque e no Afeganistão e também com os custos de recuperação após a temporada de furacões.

O Orçamento deve passar agora por meses de debates no Congresso enquanto os deputados e senadores o examinam e avaliam quais elementos do projeto de Bush aprovarão.