Bush quer saída diplomática e isolamento da Coréia do Norte.

Por Gazeta Admininstrator

O presidente norte-americano, George W. Bush, que completa 60 anos nesta quinta-feira(6), desconsiderou a ameaça realiza pelas autoridades da Coréia do Norte que disseram que irão realizar mais testes de lançamento de mísseis, alegando que os EUA buscam saídas diplomáticas para resolver a questão.

Bush confirmou o pedido feito ao governo da China, da Coréia do Sul e do Japão, que tem como objetivo um acordo que proiba a aquisição de armas nucleares por parte dos norte-coreanos. Coréias do Norte e do Sul estão tecnicamente em guerra há mais de meio século, depois de uma trégua que durou de 1950 a 1953. Há 30 mil soldados norte-americanos no sul.

"Minha mensagem é que estamos tentando resolver essa situação de forma diplomática", disse.

Bush reiterou a necessidade de se criar "uma só voz" contra os lançamentos de mísseis da Coréia do Norte, acrescentando que quanto mais unida estiver a comunidade internacional, mais isolada está a Coréia do Norte.

Ameaça

Nesta quarta-feira (5), a Coréia do Norte confirmou ter lançado mísseis, e ameaçou repetir o que chamou de "ato legítimo" se a comunidade internacional fizer pressão sobre o regime.

"Nossas forças armadas vão acompanhar os testes de míssil dentro de esforços no sentido de reforçar nosso poder de dissuasão em legítima defesa. Se alguém fizer pressão sobre nós, seremos obrigados a responder com ações físicas ainda mais vigorosas", acrescentou.

Entre as armas testadas, está o míssil de longa distância Taepodong-2, que teria capacidade para atingir o Alasca e falhou 40 segundos após ser lançado, segundo autoridades americanas.

Os governos do Japão e da Coréia do Sul afirmam que o míssil caiu no oceano, entre a Península da Coréia e o Japão. Os outros seis mísseis caíram no mar do Japão.

De acordo com analistas, a Coréia do Norte desenvolve mísseis de longa distância na tentativa de se tornar capaz de construir uma bomba nuclear, mas deve levar anos para que isso aconteça.

Reação japonesa

Logo depois da constatação dos testes, o Japão determinou uma série de sanções à Coréia do Norte. Segundo as autoridades japonsesas o episódio, "ameaça a estabilidade e a segurança do Leste da Ásia".

As sanções anunciadas pelo porta-voz do governo, Shinzo Abe, incluem o veto da entrada no Japão de funcionários norte-coreanos e de tripulações de navios e aviões da Coréia do Norte.

Atendendo ao pedido, o Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião de emergência para esta quarta-feira para discutir a questão norte-coreana.

A China, principal parceira comercial da Coréia do Norte, também expressou preocupação com os testes com mísseis, mas pediu cautela e discussões.

A Coréia do Sul também pediu uma "resposta pacífica" aos testes com mísseis norte-coreanos, alertando para o risco de a pressão sobre o país acirrar as tensões na Península da Coréia.