Câmara aprova impeachment de Trump

Por Gazeta News

Após mais de seis horas de debates nesta quarta-feira, 18, a Câmara de Representantes decidiu sobre a aprovação do pedido de impeachment do presidente Donald Trump. Em debate, os chamados "artigos do impeachment" que pesaram contra o presidente são "abuso de poder" e obstrução ao trabalho do Congresso". Com um placar final da votação sobre o artigo sobre abuso de poder ao pedir investigação contra Hunter Biden ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. 230 a favor, 197 contra e 1 abstenção, e obstrução ao Congresso com 229 votos a favor e 198 contra, Trump sofreu impeachment. Enquanto seu impeachment era aprovado, Trump participava de um comício em Battle Creek, Michigan. "Não parece que estamos sofrendo impeachment", disse Trump à multidão. “O país está indo melhor do que nunca. Não fizemos nada de errado. Temos um tremendo apoio no Partido Republicano como nunca tivemos antes", discursou. Agora, a Câmara deve nomear os parlamentares que atuarão como os promotores do julgamento, em que os senadores atuarão como júri. A previsão é de que o debate sobre a cassação do mandato de Trump comece ainda em janeiro. Agora, o processo contra o republicano seguirá ao Senado, mas, enquanto isso, ele permanece no cargo. Com maioria republicana, o Senado, portanto, deve barrar a cassação do mandato de Trump: os republicanos têm a maioria dos assentos, e, diferentemente da Câmara, é preciso aprovação de dois terços dos senadores para que a perda do cargo seja efetivada. O pedido para a Ucrânia O processo de impeachment contra Trump começou quando veio à tona o conteúdo de um telefonema com o presidente recém eleito da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Na conversa, Trump pede que o país europeu investigue Hunter Biden, filho de Joe Biden — ex-vice-presidente dos EUA e atual pré-candidato da oposição à Casa Branca. Em seguida, Zelensky conta que tem conversado com Rudolph Giuliani, advogado pessoal de Trump. O Comitê Judiciário da Câmara entende que Trump fez o pedido a Zelensky para prejudicar o desempenho do democrata, possível adversário na corrida eleitoral de 2020. O que diz Trump? Trump confirma que pediu ajuda para o presidente da Ucrânia, mas nega que tenha feito isso para se beneficiar para as eleições de 2020, em que concorrerá possivelmente com Joe Biden. Em carta à presidente da Câmara, Nancy Pelosi, o republicano chamou o processo de impeachment de "tentativa de golpe".