Canadá monta força-tarefa para receber imigrantes que chegam dos EUA

[caption id="attachment_150862" align="alignleft" width="383"] Imigrantes atravessam à pé a fronteira para o Canadá. Foto: Christinne Muschi Reuters.[/caption]

O número de imigrantes, especialmente haitianos, que deixam os Estados Unidos rumo ao Canadá intensificou-se a ponto de o governo canadense enviar tropas para a fronteira para organizar a entrada dos que buscam asilo no país.

Na quarta-feira, 9, cerca de 100 oficiais do exército canadense começaram a instalar tendas perto da fronteira na cidade de Saint-Bernard-de-Lacolle, a 60 quilômetros ao sul de Montreal ou cerca de 300 milhas (480 quilômetros) ao norte da cidade de Nova York, onde puseram energia elétrica e sistema de calefação para acomodar temporariamente até 500 refugiados.

Os imigrantes recebem água e comida e têm os documentos verificados para processar a entrada no país, ?antes de serem encaminhados à Agência dos Serviços da Fronteira do Canadá, que verifica os pedidos de refúgio.

Além de 2.500 haitianos que já cruzaram a fronteira, imigrantes de outros países que já moravam nos EUA - Síria, Congo, Haiti, e outros lugares - chegam diariamente à divisa com o Canadá com a esperança que suas políticas os deem a segurança para construir a vida que nos EUA não possuem mais.

Muitos desses refugiados moram há anos nos Estados Unidos, mas estão deixando o país por medo de deportação pela política de imigração do presidente Donald Trump – que já anunciou o fim da política de visto temporário concedido a 60 mil haitianos, afetados por um devastador terremoto na ilha em 2010, e que expira no final deste ano.

A decisão de acolher os refugiados na fronteira veio após uma reunião entre o chanceler haitiano, Antonio Rodrigue, e a ministra para os haitianos morando no exterior, Stephanie Auguste, com a responsável de Imigração do Quebec, Kathleen Weil, para discutir a situação e as necessidades dos solicitantes de refúgio do país.

Além das tendas temporárias, o estádio olímpico de Montreal está sendo usado para alojar alguns dos recém-chegados e um hospital fechado será reaberto para acomodar mais refugiados.

Com informações da Reuters.