OPINIÃO: Candidatos à presidência registrados: e agora Brasil?

Por Arlaine Castro

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Que comecem os jogos! Terminou na quarta-feira, 15, o prazo para o registro dos candidatos à presidência no Tribunal Superior Eleitoral. Oficialmente, formalizaram a corrida os candidatos para as eleições de outubro, inclusive o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cujo embate sobre o futuro continua. Agora, o TSE tem até 17 de setembro para avaliar as candidaturas – o prazo final para o órgão confirmar ou não os candidatos. No entanto, como já esclarecido por analistas políticos e publicado pela BBC News Brasil, agora vem os seguintes passos quanto ao futuro da candidatura de Lula – o único com a situação vulnerável: o Ministério Público Eleitoral entrará com pedido para impugnar a candidatura, baseado na Lei da Ficha Limpa. Esse processo deve se estender por semanas e, após uma decisão do TSE, o PT ainda pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). Isso poderia alongar a indefinição para além do 17 de setembro, criando um dilema para o partido - desistir de Lula ou manter a disputa jurídica até o último recurso correndo o risco de a candidatura ser barrada nos dias seguintes e a legenda ficar de fora da eleição presidencial de outubro? A estratégia adotada pelo partido e pela defesa de Lula inclui tentar antecipar a discussão no Supremo. A fala é do advogado Luiz Fernando Casagrande Pereira, que integra a defesa de Lula na área eleitoral, que disse à BBC Brasil que, simultaneamente ao registro da candidatura de Lula, fará pedido de suspensão da inelegibilidade no STF e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
  • Depois da reviravolta política que teve o Brasil desde as manifestações de 2013, passando pela operação Lava Jato e o impeachment presidencial – eis que é preciso encarar a disputa para o Palácio do Planalto de 2018.

“Esses recursos, previstos na Lei da Ficha Limpa, podem ser concedidos se os ministros entenderem que há forte chance de a condenação de Lula ser revertida. Ele foi sentenciado a 12 anos e um mês de prisão em segunda instância no caso Tríplex do Guarujá, mas essa decisão só será definitiva se for confirmada pelas cortes superiores”, escreveu a BBC. Depois da reviravolta política que teve o Brasil desde as manifestações de 2013, passando pela operação Lava Jato e o impeachment presidencial – eis que é preciso encarar a disputa para o Palácio do Planalto de 2018. Em um patamar bem mais tranquilo, os outros candidatos iniciam a busca por votos. Dentre os principais que pleiteiam a presidência de um país atolado em crise estão: Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Jair Bolsonaro (PSL), João Amoêdo (Novo) e Vera Lúcia (PSTU), Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MDB). Passado o registro da candidatura, os candidatos já podem fazer propaganda eleitoral em comício, carreata, distribuição de material impresso e propaganda na internet, desde que não paga, como sites próprios. Agora, Brasil, é aguentar as perturbadoras campanhas na TV, rádio, internet e ainda, nas ruas. Mas, principalmente, analisar entre as diferentes opções, a quem você dará o direito de comandar uma nação de um povo que continua sorrindo, mas que vem sofrendo por dentro nos últimos anos e anseia por uma reforma política verdadeira, que ainda não aconteceu. Referência: “Candidaturas são registradas no TSE: por que o impasse sobre Lula está longe do fim?”, de Mariana Schreiber, BBC Brasil.