Carlos Borges lança “Observando Estrelas” em Miami, Orlando e Boston

Por Gazeta News

O jornalista e produtor baiano Carlos Borges, radicado há 30 anos nos Estados Unidos e realizador de diversos eventos culturais internacionais, lança neste mês de agosto -dia 19 em Miami (FL), dia 22 em Boston (MA) e dia 26 em Orlando (FL) -, o livro “Observando Estrelas”, uma seleção de textos relatando a convivência e o trabalho com algumas das mais icônicas figuras do meio artístico brasileiro. Editado pela Underline Publishing, editora americana que atende preferencialmente escritores brasileiros, “Observando estrelas” é um antigo projeto do jornalista - que organiza diversos eventos culturais, como os seminários Focus Brasil, atualmente espalhados por 10 edições em cinco países. Apaixonado pelo tema, Borges confessa que trabalho mesmo foi selecionar quais as histórias e quem seriam as estrelas incluídas neste que pode ser apenas um primeiro volume de outros que virão. “Eram muitas as possibilidades. Escolher em função da grandeza do nome, do potencial de interesse do público, sei lá…eu mesmo me colocava diversas opções. Mas acabei optando pelas histórias que, num primeiro momento, tinham um traço de resgate emocional para mim, muito grande. Eu até hoje sou meio incrédulo como, saindo de situações de vida bastante modesta, em Salvador (Bahia), eu tive as oportunidades e recebi as bênçãos que recebi. Então selecionei 20 histórias. Mas tem muitas outras que ficaram de fora e, quem sabe, se o livro for bem recebido, a gente pode pensar em lançar no futuro”, diz o autor. No livro estão passagens curiosas, emocionantes, algumas reveladoras, de ícones como Elis Regina, Caetano Veloso, Nara Leão, Ney Matogrosso, Cazuza, Wanderléa, Ângela Maria, Chacrinha, Elza Soares; personagens míticos e controversos como Raul Seixas, Glauber Rocha, Wilson Simonal e Flávio Cavalcanti. A obra resgata, de forma surpreendente, ídolos que o Brasil fez questão de esquecer, como Nelson Ned. Este, um dos capítulos favoritos de Carlos Borges. “Eu sempre fui fascinado pela história de vida e a carreira de Nelson Ned. Um cantor e compositor que teve países inteiros de cultura hispânica, aos pés de sua música e de seu talento. No Brasil, sempre foi estigmatizado por ser anão. Ele carregou dor e revolta por toda a vida. Sim, esse capítulo me emociona muito, até hoje. Mesmo já tendo lido e relido inúmeras vezes. Pela verdade humana que está lá. Barra pesada mesmo!", descreve. Lançamentos O jornalista e a Underline Publishing, que é dirigida pela premiada escritora paulista Nereide Santa Rosa (80 livros publicados, Prêmio Jabuti), se aproveitam de uma inesperada “brecha” na agenda do Focus Brasil no mês de agosto para realizar três eventos de lançamento do livro, quando os leitores e fãs terão a oportunidade de conversar com o autor e conhecer pessoalmente sua obra autografada. Na programação estão o lançamento em Miami, no dia 19, na Art & Design Gallery; em Boston, no dia 22, no Victorial Hall; e em Orlando, no dia 26, no Gilson’s. Além de disponibilizar a versão digital e impressa na Amazon, a ideia do autor e da editora é promover outros pequenos eventos em várias cidades norte-americanas e brasileiras ainda em 2019 e no decorrer de 2020 - ano que Borges celebra 45 anos de trabalho em televisão e 47 de mídia em geral. O livro seria um ensaio para uma futura biografia? “Não pensei em fazer uma biografia como um legado ou coisa assim. Me parece um pouco pretensioso. Não que eu não ache minha vida plena de originalidades, excitação e aventura – no melhor sentido. Quero escrever mais e mais sobre coisas que possam significar algo positivo. Tenho uma matriz de interesse coletivo muito forte e não quero jamais me distanciar disso. Para não trair a mim mesmo, quero antes lançar um livro sobre a jornada imigrante sob o olhar de quem não teve muito tempo para ter saudade, engoliu seco e foi em frente. Esse imigrante que não se amarra no “banzo” ainda é pouco ou nada representado na literatura desse segmento. Talvez eu possa contribuir com um olhar de menos sofrência…”. Baiano de Alagoinhas, Carlos Borges foi levado ainda bebê para Salvador, onde viveu até os 34 anos. Lá, agregou 16 anos na carreira em comunicações, com passagens também por São Paulo. Veio para os Estados Unidos para integrar o 'team' que criou e lançou o canal Nickelodeon e o que seriam 18 meses se transformaram em 30 anos. Apaixonado por artes e cultura brasileira, fez do limão da distância uma limonada de eventos internacionais que celebram, há décadas, o que de melhor os imigrantes brasileiros produzem nestas áreas. Se tornou uma das maiores referência brasileiras no exterior, com mais de 70 premiações, condecorações e reconhecimentos internacionais.