Carros de luxo - Linha Direta

Por Cleida Cruz

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A crise econômica mundial está afetando duas fabricantes alemãs de automóveis de luxo. A Daimler AG já alertou que sua divisão Mercedes-Benz não atingirá a meta de lucro no ano e a Porsche anunciou que se prepara para uma demanda mais fraca no ano que vem. Dona da terceira maior marca de veículos de luxo do mundo, a Daimler culpou a concorrência cada vez mais acirrada na China e a queda da demanda na Europa pelo recuo que se avizinha.

De jantar a velório O restaurant The Fifth Avenue Grill, em Lighthouse Point, onde aposentados gastavam $100 para jantar durante os últimos 23 anos, fechou as portas no domingo passado. Da próxima vez que forem abertas, o local já será uma casa funerária. Até mesmo o corretor de imóveis envolvido com a transação está meio chocado com a situação. Isso porque quando um restaurante fecha geralmente outro abre no mesmo local. Assim já são aproveitadas as instalações para as operações da mesma linha de negócios. O prédio localizado no endereço 4650 N. Federal Highway será ocupado para as novas instalações da Fred Hunter’s Funeral Homes. Sinal dos tempos!

Empréstimos Os moradores do Sul da Flórida estão ajudando a aumentar o número de aplicações para pedir empréstimos de imóveis depois que o Banco Central se comprometeu a manter as taxas de juros em baixa histórica no país. Aliás, alguns bancos locais estão até mesmo baixando as taxas além da média nacional para incentivar a compra de imóveis. A Tropical Financial Credit Union, de Miramar, por exemplo, na semana passada, estava oferecendo empréstimos ao juro de 3% fixo para um mortgage de 30 anos. Ou seja, 0,40% abaixo da média nacional de 3,4%.

Compras de Natal Livros, roupas, revistas, sapatos e eletrônicos serão os produtos mais comprados neste Natal nos Estados Unidos e Europa. A conclusão é de uma pesquisa da Pitney Bowes, que ouviu quatro mil consumidores na França, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos. O estudo indica ainda que entre os itens preferidos para as compras on-line estão os suplementos de saúde, produtos pet, de jardinagem, “faça você mesmo” e artesanato.

Online O relatório “Consumer Trends in online Shopping and Shipping” revela que as compras online de todo o tipo vêm crescendo nos últimos 12 meses, sendo lideradas pelas roupas e livros, com 24% dos entrevistados respondendo que adquiriram estes produtos no período. Segundo a comScore, nos primeiros 56 dias da temporada de novembro-dezembro de 2011, $35,3 milhões de dólares foram gastos online, um aumento de 15% com relação ao período correspondente em 2011.

Compradores vorazes A voracidade de consumo dos brasileiros nos Estados Unidos extrapolou os outlets e shopping centers e chegou ao mercado habitacional, registrando um fenômeno que nem a valorização de 8,85% do dólar sobre o real, em 2012, conseguiu intimidar. Ante os elevados preços no Brasil e a concomitante diminuição dos valores nos EUA, já não é novidade que a Flórida tem sido um dos destinos preferidos. A expectativa de consultores e corretores locais é que a participação dos brasileiros no número de casas e apartamentos comprados por estrangeiros em Miami-Dade volte a crescer neste ano após ter subido 30% em 2011.

Compradores vorazes II Neste ritmo, os clientes brasileiros ultrapassarão os venezuelanos no ranking de estrangeiros que mais adquirem imóveis na região. De acordo com a Associação de Corretores de Miami, os brasileiros respondiam, no fim do ano passado, por 12% de todo o mercado imobiliário de Miami, contra 15% dos cidadãos da Venezuela. Em 2010, os países tinham participações de 9% e 28%, respectivamente.

Mais pobres A renda média das famílias americanas caiu ou ficou estagnada em quase todos os estados do país, no ano passado, sendo mais acentuada nos lugares mais atingidos pelo estouro da bolha imobiliária. A renda média anual das famílias caiu em 18 estados em 2011 em relação ao ano anterior, segundo o Census. A maior queda ocorreu no estado de Nevada, chegando a 6%. A média recuou 3,8% na Califórnia, e 2,9% no Arizona e na Flórida. Os quatro estados registraram a maior queda no valor de imóveis e na atividade de construção civil desde o início da crise. Também é ali que o americano ainda pena com a pesada dívida e o alto desemprego.