A Casa Branca defenderá o programa para espionar residentes nos EUA sem permissão judicial, em uma campanha de relações públicas anunciada hoje que pretende enfraquecer os que afirmam que as escutas violam a Constituição.
Como parte da campanha, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, visitará na quarta-feira (25) a Agência Nacional de Segurança (NSA), órgão que vem fazendo interceptações de telefonemas e e-mails sem autorização prévia de um juiz desde 2002.
Na segunda-feira (23), Michael Hayden, ex-chefe da NSA, falará a favor do programa em um discurso no Clube Nacional da Imprensa, e na terça-feira (24) será a vez do promotor-geral dos EUA, Alberto Gonzales, informaram fontes governamentais.
Os discursos acontecerão antes da realização de audiências no Congresso sobre o programa, cuja existência, revelada pelo jornal "The New York Times" no mês passado, causou grande polêmica nos EUA.
A primeira audiência acontecerá em 6 de fevereiro no Comitê Judicial do Senado e terá a participação de Gonzales.
Uma coalizão de associações não-governamentais, na qual se incluem o Centro de Direitos Constitucionais e a União de Liberdades Civis dos EUA, processou o governo para interromper a interceptação das comunicações sem supervisão judicial.