Casal da Renascer ficará nos EUA até agosto

Por Gazeta Admininstrator

A assessoria do casal de fundadores da Igreja Apostólica Renascer em Cristo informou em nota no início da tarde de sexta-feira(8) que Estevam e Sônia Hernandes irão permanecer nos Estados Unidos, sob monitoramento da Justiça, até o dia 17 de agosto, quando deverá ser publicada a sentença do acordo firmado na sexta-feira(8).

Em audiência nesta manhã nos EUA, o casal se declarou culpado dos crimes de evasão de divisas e conspiração para violar a lei. Em troca da confissão, eles foram dispensados de ir a julgamento em corte americana, na qual, pela legislação dos Estados Unidos, poderiam ser condenados a até dez anos de prisão. Sônia chegou a chorar durante a audiência. Inicialmente, a audiência estava marcada para segunda-feira (11), mas foi antecipada para esta sexta.

Segundo a assessoria dos Hernandes, até agosto, o juiz responsável pelo caso analisará os documentos apresentados pelos advogados para poder tomar sua decisão sobre a sentença. A assessoria afirma, entretanto, que não há previsão para "pena de prisão", e que deve haver apenas multa (cobrindo integral ou parcialmente a quantia apreendida pela polícia quando os Hernandes entraram nos EUA) e o cumprimento de um período em que o casal se compromete em não violar nenhuma lei.

Apesar da alegação da assessoria, existe a possibilidade legal no acordo para a imposição de uma pena de seis meses até cinco anos de prisão.

A nota termina informando que o casal aguardará pela sentença com "serenidade e confiança" e que agradece pelas manifestações de solidariedade recebidas, mencionando a Marcha para Jesus ocorrida na quinta-feira (7) na Zona Norte de São Paulo, evento organizado pela Igreja Renascer.

Prisão
Os Hernandes foram presos no dia 9 de janeiro no Aeroporto de Miami depois de tentar passar na alfândega com US$ 56,5 mil, apesar de terem declarado apenas US$ 10 mil. Ficaram presos durante dez dias, pagaram fiança e conseguiram liberdade assistida. Entretanto, continuam monitorados pela polícia americana, por meio de tornozeleiras eletrônicas. Atualmente, eles vivem em um condomínio fechado em Boca Raton.

Após zerar contas com a Justiça americana, o casal terá outra batalha jurídica pela frente. Depois de cumprir pena nos EUA, eles serão enviados de volta ao Brasil por meio da deportação ou do cumprimento do pedido de extradição enviado pelo governo brasileiro.

Em São Paulo, respondem a processo por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e estelionato - e chegaram a ter a prisão preventiva decretada. A próxima audiência sobre este caso será no próximo dia 27 no Fórum da Barra Funda, na Zona Oeste da capital paulista. Caso não possam comparecer, por ainda estarem nos EUA, o casal será ouvido pela Justiça americana sobre o caso.