Caso Szczepanik: Brasileiro é sentenciado à prisão perpétua

Por Gazeta News

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O brasileiro condenado por orquestrar a morte de uma família de brasileiros, José Oliveira Coutinho, foi sentenciado à prisão perpétua, no dia 26. Um painel de três juízes rejeitou a pena de morte para o homem que comandou a morte por enforcamento de Christopher Szczepanik, de 7 anos, sua mãe Jaqueline, e a morte por espancamento do pai, Vanderlei. As informações são do “Omaha.com” e outras agências de notícias.

Os juízes concordaram em seis fatores agravantes - dois por morte de cada membro da família –, o que seria a justificativa para a sentença de morte. No entanto, a decisão não foi unânime e a pena de morte, por lei, só pode ser estabelecida por unanimidade.

Tatiane Kleine, filha de Jaqueline Szczepanik, tinha pedido por escrito aos juízes que Coutinho não recebesse a pena de morte. “Eu prefiro que ele passe o resto da vida na prisão do que a pena de morte”, disse ela em declaração ao GAZETA. “Estou satisfeita com a condenação”.

Um dos advogados de Coutinho, Horacio Wheelock, disse que pretende recorrer da decisão – segundo ele, novas evidências que contradizem os depoimentos das testemunhas de acusação surgiram desde o julgamento.

De acordo com o advogado, um outro preso disse que uma das testemunhas que colocou Coutinho no local do crime afirmou que o acusado não estava presente no local onde a família foi morta. Entenda o caso A decisão de condenar Coutinho foi embasada no depoimento de Valdeir Gonçalves Santos, que trabalhava com o acusado e que confessou ter participado das mortes.

Santos recebeu uma pena de 20 anos de prisão – ele se declarou culpado e aceitou testemunhar no julgamento de Coutinho.

Aos jurados, Santos deu detalhes de como ele, Coutinho e um terceiro homem espancaram Szczepanik até a morte e depois enforcaram Jacqueline e Christopher, no dia 17 de dezembro de 2009. Os corpos dos três foram esquartejados e depois jogados no Rio Missouri. Os corpos de Vanderlei e Jacqueline nunca foram encontrados. A razão do crime seria porque Oliveira estaria furioso sobre cortes salariais.

A família, que foi para a cidade de Omaha para reformar um centro de treinamento missionário de sua igreja, ficou desaparecida por semanas, até que Tatiane, preocupada com o desaparecimento da mãe,  viajou do Brasil para a cidade, que fica no estado de Nebraska.

Depois de confessar o crime, Valdeir ajudou as autoridades e resolveu mostrar onde, no rio Missouri, os corpos foram atirados. Foi assim que, finalmente, o corpo de Christopher foi encontrado. Elias lourenço Um terceiro colega de trabalho, Elias Lourenço Batista, é também suspeito de ter participado do  assassinato, mas foi deportado de volta para o Brasil antes de ser acusado. No tribunal, Tatiane se sentou na primeira fila, no dia 26, olhando para Coutinho. Agora, ela ainda se preocupa com a condenação de Elias Lourenço, já que o Brasil não extradita seus cidadãos.

Tatiane se diz satisfeita com a condenação, mas ainda se revolta ao pensar que um deles está impune por causa das leis brasileiras.