Caso Szczepanik: brasileiro está sendo acusado pelo crime e promotor quer pena de morte

Por Gazeta Admininstrator

O brasileiro Valdeir Gonçalves Santos, 30, foi preso na sexta-feira, (28) como suspeito do assassinato de três pessoas. Vanderlei, Jaqueline e Christopher Szczepanik que estão desaparecidos desde dezembro de 2009. O promotor do caso quer pena de morte.

Segundo as autoridades, o suspeito recebeu três acusações de assassinato em primeiro grau, apesar dos corpos ainda não terem sido recuperados. O promotor do Condado de Douglas, Don Kleine e a polícia ainda não sabem como, quando ou mesmo por que os Szczepanik foram mortos.

Segundo autoridades, Valdeir teria contado a outras pessoas que matou Vanderlei e que se livrou dos corpos. As autoridades acreditam que Jaqueline e seu filho Christopher tenham sido mortos em 17 de dezembro de 2009, data em que a família inteira desapareceu.

Valdeir estava preso desde fevereiro do ano passado junto com José Carlos Oliveira Coutinho e Elias Lourenço Batista. Os três eram acusados de uso indevido dos cartões de Vanderlei.

Imagens de câmaras de segurança mostraram os brasileiros sacando dinheiro em caixas eletrônicos e gastando em comida e roupas com os cartões do desaparecido.

“Achamos que há mais de uma pessoa envolvida. Gonçalves é a pessoa que estamos acusando no momento. Ainda estamos investigando. Não terminamos”, disse o promotor.

Existem quatro fatores que levariam Valdeir à pena de morte, segundo Kleine: assassinatos múltiplos, assassinatos a fim de esconder outro crime, assassinatos para ganho financeiro, e assassinatos especialmente hediondos.

“Inacreditável”, foi a reação de Kevin Ryan, advogado apontado pela corte para defender Valdeir, quando soube que o brasileiro pode ser condenado à morte.

Segundo o advogado, ele não soube nada de novo desde o ano passado, última vez que recebeu informações sobre o caso.

Defesa questiona evidências

Kevin não acredita também que existam evidências. O advogado questionou ainda a posição dos promotores, dizendo que as mortes foram “especialmente hediondas”.

Segundo ele, ninguém sabe como ou se as três pessoas morreram. “Não é uma questão do que você pensa que aconteceu com os Szczepanik. É uma questão de saber se você pode provar além de uma dúvida razoável. Este tipo de evidência parece simplesmente não existir”.

O promotor Kleine rebateu, dizendo que Kevin Ryan ainda tem que receber os relatórios da polícia sobre o caso. “Ele não sabe qual é nossa outra evidência”. De acordo com o promotor e o chefe de polícia, nada indica que os Szczepanik tenham viajado, feito transações bancárias ou ligações do celular.

Ainda conforme Kleine, o mais importante é que os amigos não ouviram nada sobre a família. “A filha dela era muito próxima a eles. Estas pessoas simplesmente desapareceram da face da terra, em um momento”. O promotor está falando de Tatiane Klein, filha de Jaqueline.

As duas se falavam por telefone com frequência. Quando soube que a mãe, o padrasto e o meio irmão haviam desaparecido, Tatiane deixou o emprego no Brasil para vir acompanhar de perto as investigações.

Sobre as razões para Valdeir ser condenado à morte, Kevin Ryan questiona se elas não são para apavorar seu cliente, ao falar com a polícia. Mas o promotor Kleine disse que tudo está sendo feito conforme a lei. “Não entramos com fatores agravantes sem que eles existam”. Em 2005, o casal Szczepanik e o filho se mudaram da Flórida para Omaha, a fim de ajudar a reformar uma antiga escola de segundo grau. O local se transformaria em um centro de treinamento missionário. Vanderlei então contratou três brasileiros para ajudar na reforma.

Documentos da corte revelam que José Carlos, chamou Elias e Valdeir, os quais ainda estavam no Brasil, para trabalhar com ele na I.G.I.T Services. Para um agente federal, Elias e Valdeir contaram que deviam milhares de dólares a José Carlos por conta da negociação feita com um coiote para entrar nos Estados Unidos pela fronteira mexicana.

Os dois vieram separadamente no ano de 2009. José Carlos arranjou um lugar para os companheiros trabalharem e morarem, além de transportá-los até o trabalho, banco e lojas, e de pagar os seus salários.

Segundo a polícia, a filha de Jaqueline Szczepanik e um parente no Brasil foram informados sobre a acusação de assassinato contra Valdeir. “É uma hora difícil para ela, é tudo que posso dizer. Ela provavelmente dará uma declaração mais tarde, mas não agora. É tudo muito novo”, disse Rebecca Barrientos-Patlan, sobre Tatiane.

A filha de Jaqueline viveu momentos de verdadeira angústia durante as investigações, e recebeu apoio incondicional da igreja Eagle’s Nest. Desde o início, ela foi alertada pela polícia para se preparar para o pior.
FONTE: Comunidade News

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