Caso Telexfree: Sann Rodrigues é preso novamente nos EUA a pedido do Brasil

Por Gazeta News

O brasileiro Sanderley Rodrigues de Vasconcelos, ou Sann Rodrigues, um dos investigados no caso de pirâmide financeira global da TelexFree, foi detido novamente em Boston, no dia 29. Rodrigues, de 43 anos, devia ser colocado em liberdade na corte federal de Boston, mas foi preso por autoridades a pedido do Brasil.

Um juiz federal do Brasil está investigando Rodrigues por seu papel no caso TelexFree, fechada no ano passado. A empresa tinha sua sede em Marlborough, Massachusetts, e captou milhares de imigrantes brasileiros e latinos nos Estados Unidos, expandindo-se para o Brasil, República Dominicana e outros países da América Latina.

O delegado da Polícia Federal no Espírito Santo, Guilherme Helmer, confirmou a ordem de prisão contra Rodrigues, emitida quando Rodrigues violou a proibição de sair do Brasil. A justiça federal do Espírito Santo, que investiga o caso no Brasil, emitiu a ordem de prisão quando descobriu que ele violou a proibição de sair do país. Rodrigues havia chegado a São Paulo em fevereiro para promover uma nova pirâmide, com o nome iFreex.

“Apesar da proibição, Rodrigues saiu do Brasil e viajou aos EUA”, disse Helmer. Rodrigues, que foi detido em 16 de maio no aeroporto de Boston ao voltar de uma viagem a Israel, ficará detido. A juíza federal Marianne Bowler autorizou sua prisão domiciliar com monitoramento eletrônico depois que Rodrigues pagou fiança de $200 mil dólares.

Sua prisão, em maio, foi por fraude de imigração. Segundo documentos judiciais, Rodrigues obteve seu green card, em 2012, de forma fraudulenta ao ocultar que residiu ilegalmente no país de 2003 a 2006. A pena máxima por mentir a autoridades de imigração é de 10 anos de prisão. Em Boston, Rodrigues e outros executivos da TelexFree são investigados por fraude e conspiração contra mais de 700 mil investidores que perderam mais de $1 milhão de dólares.

A promotoria alega que a TelexFree era uma “máquina de fazer dinheiro” para os executivos da empresa para operar como uma pirâmide, sem vender um produto real, dependendo assim do recrutamento de novos membros para gerar lucros exorbitantes. O proprietário da TelexFree, James Merrill, está sob prisão domiciliar e Carlos Wanzeler, o outro proprietário da empresa, fugiu para o Brasil, onde seu paradeiro é desconhecido. Segundo os promotores, Rodrigues foi o maior promotor da TelexFree e recebeu $3 milhões de dólares da empresa, comprando carros de luxo, como uma Lamborghini, uma Ferrari e dois carros da Mercedes Benz. Fonte: Associated Press.