CDC alerta para caso de vírus originário de ratos da América do Sul

Por Gazeta News

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O primeiro caso confirmado do vírus Andes foi registrado em um hospital de Delaware, segundo relatório apresentado nesta sexta-feira, 19, pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC). O estudo de caso do Relatório de Morbidade e Mortalidade do CDC afirma que uma jovem de 29 anos ficou doente depois de uma viagem de duas semanas à região dos Andes, na Argentina e no Chile em janeiro, onde teria "ficado em cabanas e albergues de condições ruins”. Ela retornou aos Estados Unidos e desenvolveu febre, mal-estar e mialgia (dores musculares). Depois de ficar hospitalizada por cinco dias, ela se recuperou e recebeu alta. Mas as autoridades continuam investigando porque o vírus é também o único hantavírus que pode ser transmitido de humano para humano, de acordo com o relatório, embora as pessoas fiquem mais suscetíveis à infecção apenas quando apresentam os sintomas, disse o CDC. Geralmente o vírus se espalha quando as pessoas encontram roedores infectados e seus excrementos. No entanto, "nenhuma exposição a roedores foi relatada" no caso especifico da mulher. O CDC descreve o vírus Andes como "um tipo de hantavírus [transportado por alguns ratos e camundongos] que é encontrado em roedores na América do Sul". Não foi encontrado nos Estados Unidos nenhum rato com o vírus Andes. Guaxinins são diagnosticados com vírus da raiva em Miami-Dade Ainda assim, como a mulher viajou em dois voos domésticos comerciais enquanto estava doente com o vírus, os departamentos de saúde do CDC, do estado e dos condados começaram uma investigação para encontrar alguém que teve contato direto com ela. O contato de alto risco é quando alguém é exposto aos fluidos corporais da pessoa infectada e o contato de baixo risco é quando uma pessoa presta assistência médica ou está perto do paciente em um voo por pelo menos uma hora. O vírus tem "14 vezes mais probabilidade de ser transmitido por contato sexual do que contato doméstico", segundo estudiosos numa conferência da ID Week em San Francisco neste mês sobre o assunto. Sintomas De acordo com o CDC, "os primeiros sintomas podem ser semelhantes aos da gripe, e podem incluir: dor de cabeça, febre, dores musculares, náuseas ou vômitos e diarreia", e podem aparecer entre quatro dias e seis semanas após a exposição. No entanto, o vírus também pode levar à síndrome pulmonar por hantavírus, uma doença respiratória fatal, diz o CDC. Os sintomas dessa condição aparecem de quatro a dez dias após os sintomas iniciais e podem incluir tosse, falta de ar e líquido nos pulmões. Eles podem se desenvolver rapidamente. Cuidados Qualquer pessoa que esteja com os sintomas descritos e tenha sido exposta a roedores da América do Sul ou tenha tido contato próximo com alguém infectado, deve procurar um médico imediatamente. "O pessoal de saúde deve considerar o vírus Andes em viajantes que retornam com doença febril inespecífica ou doença respiratória aguda cujo histórico de viagem inclui a região dos Andes na Argentina ou no Chile nas últimas seis semanas", diz o relatório. Para evitar o vírus, o CDC sugere que as pessoas que viajam para a América do Sul evitem áreas que pareçam estar infestadas de ratos e desinfetem áreas com sinais de roedores, se possível. Se alguém estiver infectado com o vírus, outros devem evitar ficar em ambientes próximos por períodos prolongados, lavar as mãos com frequência e evitar beijos ou contato sexual. Dois casos do vírus Andes foram relatados na Suíça, segundo o relatório. Leia também EUA contabiliza mais de 9 mil casos de zika vírus em todo o país Médico brasileiro consegue eliminar vírus HIV em primeira fase de testes