Brasil: taxa de fecundidade cai e de imigrantes cresce 86%

O IBG divulgou dados sobre o censo 2010, no último dia 27, que apontou que o número de filhos por mulher no Brasil caiu em 2010 e está abaixo do nível de reposição da população. Isso significa que a população total - descontando-se a imigração - está em tendência de queda, já que o número de pessoas que nasce é menor do que o número de pessoas que morre.

Segundo dados da pesquisa, o nível de reposição do Brasil - necessário para garantir a substituição de gerações - é de 2,1 filhos por mulher. Em 2000, a média de filhos por mulher no Brasil era de 2,38. Em 2010, esse índice caiu para 1,9. A menor fecundidade também pode sinalizar uma mudança de perfil da população brasileira, aumentando a proporção de pessoas idosas.

Outros dados da pesquisa - O nível de instrução da população aumentou. Desde 2010, o percentual de pessoas sem instrução caiu de 65,1% para 50,2%. A proporção de pessoas com curso superior completo subiu de 4,4% para 7,9%; - A mortalidade infantil caiu em 47,6% - de 29,7 para 15,6 por mil crianças nascidas; - Em 2010, 45,6 milhões de pessoas (23,9% da população total) tinham algum tipo de deficiência: visual, auditiva, motora ou mental; - 0,9% dos trabalhadores têm renda superior a 20 salários mínimas; 6,6% dos trabalhadores não têm renda; 32,7% ganham até um salário mínimo; - Em dez anos, o rendimento médio das mulheres subiu mais do que o dos homens - aumento de 13,5%, contra 4,1%, respectivamente. Mas as mulheres ainda ganham apenas 73,8% do rendimento médio dos homens; - O número de imigrantes internacionais vivendo no Brasil subiu 86,7% em dez anos - de 286,5 mil para 143,6 mil; - Proporção de uniões consensuais aumentou - de 28,6% em 2000 para 36,4%; a proporção de casamentos (civis ou religiosos) diminuiu de 49,2% para 42,9%; - Sete milhões de pessoas - ou 11,4% da população - levam mais de uma hora para chegar ao trabalho; - O rendimento médio mensal subiu no Brasil em dez anos - de R$ 1.275 para R$ 1.345; o ganho real foi de 5,5%.