Centenas de brasileiros aguardam ajuda do governo brasileiro no Oriente Médio.

Por Gazeta Admininstrator

Mais de 700 brasileiros aguardam ajuda nas embaixadas do Brasil em Amã, capital da Jordânia, Damasco, capital da Síria, e Beirute, capital do Líbano, segundo o Itamaraty. Até agora, pelo menos sete brasileiros já morreram, vítimas dos ataques israelenses.

A região passa por uma escalada de violência desde que Israel, sob pretexto de se defender de ações do movimento libanês Hizbollah, iniciou ataques ao sul do Líbano e à capital, Beirute. O Hizbollah também tem lançado mísseis contra Israel. O número de civis mortos já passa de 200, segundo agências internacionais, a grande maioria em território libanês. "Quando eles pararem de lançar mísseis e libertarem os soldados seqüestrados, Israel terminará as ações no Líbano", disse a embaixadora israelense no Brasil, Tzipora Riomon.

Karina Dutra é uma das brasileiras que estava a bordo do Boeing 707 da Força Aérea Brasileira (FAB) que resgatou 98 pessoas na segunda-feira (17). Morava em Damur, a 14 quilômetros de Beirute, junto com o marido, o missionário evangélico Abner Dutra Júnior. O casal estava no Líbano há dez meses.

"Nós já estávamos bem tensos com toda a situação, mas uma bomba, 200 metros da casa, realmente deu o clique: não tem como mais, isso já está virando uma guerra”, afirmou.

Para Dutra Júnior, ocorre na região uma guerra desigual que está causando a morte de inocentes e a destruição de um país que ainda sofre as consequências de uma guerra civil concluída há 17 anos.

“O ataque israelense sobre o Líbano é desproporcional, sem misericórdia. Eles estão sendo, realmente, num linguajar mais vulgar, 'animais', sem sentimento”, afirma Dutra Júnior. “Não estou defendendo também o Hizbollah, mas o que eles estão fazendo ao Líbano é algo desproporcional. Eles acabaram com o país, e estão acabando com os civis agora”.

O chanceler brasileiro Celso Amorim afirmou que o que puder ser feito para resgatar os 700 brasileiros será feito. “O Presidente Lula é muito sensível, e evidenciou isso imediatamente com o envio do primeiro avião. Nós também não tínhamos noção, a questão está crescendo e à medida em que ela cresce, ela vai envolvendo mais recursos”, disse.

Agência Brasil