A central sindical American Federation of Labor and Gronvress of Industrial Organizations (AFL-CIO), que reúne 52 sindicatos de trabalhadores nacionais e internacionais, propôs que seja concedida residência legal aos trabalhadores indocumentados que vivem nos EUA e, também, a oportunidade de residência aos que venham ao país sob o regime de trabalhadores hóspedes. “Temos que legalizar todo trabalhador indocumentado que atualmente se encontra no País”, disse a vice-presidente executiva da AFL-CIO, Linda Chávez Thompson, durante o encontro nacional do sindicato.
Segundo ela, é necessário “garantir um tratamento equitativo a todos os trabalhadores que venham de outras partes do mundo, através de um programa de trabalhadores hóspedes”. A entidade liderada por Thompson representa mais de nove milhões de trabalhadores nos EUA.
A proposta, que pela primeira vez reconhece um plano de trabalhadores hóspedes, mas exige igualdade de condições e salários, se opõe às iniciativas que atualmente se discutem no Congresso, por considerá-las injustas. “Nenhuma das propostas apresentadas no Congresso está levando em consideração os trabalhadores que já estão no País desempenhando seu trabalho. Mesmo indocumentados eles pagam impostos”, disse Chávez Thompson.
Ela avalia que o plano de trabalhadores hóspedes proposto pelo presidente Bush tem que oferecer garantias de equidade, os mesmo salários pagos aos cidadãos americanos, e a oportunidade de buscar outro trabalho em caso de fim ou cancelamento de contrato.
A líder considera que se for permitido que se pague menos a um trabalhor hóspede, as corporações vão querer fazer o mesmo com todos os trabalhadores. Ela lembrou ainda que a residência legal “é uma das promessas que fez o presidente Bush durante sua campanha presidencial”, promessa, frisou ela, até hoje não cumprida.
A vice-presidente da entidade considera que o plano proposto pela AFL-CIO é “progressista e justo para os trabalhadores indocumentados, os afiliados da entidade e os que podem vir em um plano de trabalhadores hóspedes”.
Segundo ela, organizações empresa-riais dos Estados Unidos estariam interessadas em trazer ao País trabalhadores que aceitariam receber salários mais baixos e enviá-los de volta ao seu país de origem sem qualquer consideração com os trabalhadores e suas famílias. “Cremos que nossa proposta de reforma migratória é mais humana e mais justa para todas as partes”, defendeu Chávez Thompson.
A líder sindical lamentou que milhares de trabalhadores indocumentados não te-nham oportunidade de ver seus familiares devido a seu status migratório, algo pelo qual tiveram que passar muito imigrantes europeus quando chegaram aos EUA.
