Chávez zomba das sanções da Casa Branca.

Por Gazeta Admininstrator

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, acusou os EUA, nesta terça-feira(16) de "abuso imperial", após a divulgação feita pelo governo norte-americano de que não venderia mais armas aos seu país.

As relações entre os dois lados, que não são nada amenas, se tornaram ainda mais tensas após a afirmação de Chávez - feita à rede BBC durante uma visita a Londres - de que os Estados Unidos são um "império impotente" e de que ele não vai respeitar a proibição.

"O império americano está se convertendo em um tigre de papel", afirmou Chávez. "Se é verdade que o império está tomando ações contra nós, primeiro é uma confirmação do abuso imperial e do desespero imperial, (e) segundo não levaremos em consideração. É um império impotente", acrescentou.

Apesar de a Venezuela dizer que atua diretamente contra a guerrilha, em particular contra os grupos rebeldes da região andina, a Casa Branca acusou Caracas, na segunda-feira, de não cooperar em sua guerra contra o terrorismo.

Desestabilização

O governo da Venezuela reiterou ontem o discurso de que os Estados Unidos "pretendem desestabilizar" o governo do presidente Hugo Chávez e afirmou que, ao proibir as empresas norte-americanas de vender armas ao país, está preparando "as condições políticas para o ataque", afirmou o Ministério das Relações Exteriores venezuelano em comunicado.

O vice-presidente venezuelano, José Vicente Rangel, disse hoje em outro comunicado que a proibição "não é uma novidade", porque já "existia de fato". Além disso, a "Venezuela não está interessada em comprar equipamentos militares dos Estados Unidos". "Se quiser, (a Venezuela) os comprará soberanamente de qualquer outro país", anunciou Rangel.