Neste sábado, 25, o Chile anunciou - através do Serviço Agrícola e Pecuarista do país- a decisão de retirar a suspensão total à importação da carne brasileira, mas manteve a proibição da entrada de produtos dos 21 frigoríficos investigados pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. China e Egito também reabriram seus mercados à importação de carne do Brasil.
O governo chileno justificou que a decisão foi tomada após ter recebido explicações do Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil em resposta ao pedido de informações detalhadas sobre as investigações da Polícia Federal. Egito e a China também mantiveram a proibição para a importação da carne dos frigoríficos investigados e que tiveram os certificados de exportação cassados pelo Ministério da Agricultura.
Pelo menos 19 países e a União Europeia suspenderam total ou parcialmente as importações de carnes brasileiras após o anúncio da Operação Carne Fraca. Outros quatro países, entre eles os Estados Unidos, reforçaram o controle sanitário para entrada do produto brasileiro.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, a existência de esquema criminoso que envolve empresários do agronegócio e fiscais agropecuários, que facilitavam a emissão de certificados sanitários para alimentos inadequados para o consumo, prejudica diretamente a qualidade do produto.
O presidente Michel Temer e o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, em nota, disseram que “as medidas anunciadas pelos governos do Egito e do Chile corroboram a confiança da comunidade internacional no nosso sistema de controle sanitário, que é robusto e reconhecido mundialmente”.Depois de a China anunciar a reabertura do mercado para a carne, Temer disse que a decisão é um reconhecimento da confiabilidade do sistema de defesa agropecuária brasileiro.
O governo brasileiro disseainda que segue transmitindo aos parceiros comerciais todas as informações sobre a segurança dos alimentos produzidos no país.