Cidade em Jersey aprova lei contra imigrantes ilegais.

Por Gazeta Admininstrator

Riverside, no estado de Nova Jersey, tem 7.990 habitantes. Pouco mais de dois mil deles são brasileiro, sendo que a grande maioria entrou nos Estados Unidos ilegalmente. A cidade, agora, abriu oficialmente a temporada de caça a eles. Na noite da quarta-feira, a Câmara de Vereadores local aprovou por unanimidade lei que proíbe o aluguel de imóveis aos ilegais e a sua contratação, por qualquer pessoa, para qualquer tipo de trabalho. Quem não obedecer receberá uma multa de US$ 1 mil (cerca de R$ 2,2 mil) para cada violação.

Além disso, a nova lei municipal estimula os residentes a “informar atividades ilegais à polícia ou à prefeitura”: — Apenas fizemos o que podíamos para garantir a segurança e a qualidade de vida aos nossos residentes — disse o prefeito Charles Hilton, muito embora nos registros da polícia não haja casos de ameaças à segurança por parte de brasileiros.

John Lopes, um português naturalizado americano e gerente geral do supermercado A. J. Seabra, reagiu: — Riverside está crescendo por causa dos imigrantes que vieram viver aqui. Dez ou quinze anos atrás a cidade estava morta. Quem apoiou essa medida parece ter se esquecido disso.

A decisão da municipalidade deverá ser contestada na Justiça, por entidades como a Coalizão Nacional do Clero Latino e Líderes Cristãos (NCLCCL, na sigla em inglês), de Washington. Acontece que a questão imigratória compete, por lei, apenas ao governo federal.

Reverendo diz que projeto de lei é racista.

Presente à sessão da Câmara de Riverside, assistida por 300 pessoas, o reverendo Miguel Rivera provocou vaias na platéia quando, ao depor em favor dos imigrantes brasileiros, disse que o projeto de lei era racista. A reação a seus argumentos foi tão agressiva que os oito policiais presentes tiveram que escoltá-lo até o seu carro depois que ele fez o seu depoimento.