Cientistas preveem diminuição do surto de zika no inverno

Por Gazeta News

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Pesquisa desenvolvida por uma equipe internacional de cientistas da Universidade da Flórida (UF) e por outras seis instituições, divulgada esta semana, fez uma projeção e revelou que menos de 400 pessoas serão infectadas por zika através de picadas de mosquitos na Flórida até meados de setembro, e somente cerca de 80 dessas pessoas irão desenvolver os sintomas.

Os autores do estudo advertem que os números emitidos pela UF são preliminares e sujeitas a incertezas, mas que as projeções dão garantias de que o surto atual será provavelmente pequeno e limitado à Flórida e alguns outros estados do Sul dos EUA, cujo clima quente torna suscetível a transmissão por mosquitos.

Segundo o estudo, é quase certo que haja redução gradual do surto até novembro ou dezembro, quando as temperaturas baixam e os mosquitos diminuem. “Eu não acho que há possibilidade de uma epidemia em larga escala nos EUA por causa das proteções nas janelas e o ar-condicionado”, disse Ira Longini, um dos principais autores do estudo.

As projeções também apontam para oito o número de bebês que nascerão de mães infectadas pelo vírus durante o primeiro trimestre de gestação (o período em que o feto está mais vulnerável a defeitos de nascimento relacionados com Zika) na Flórida. “Estar com a infecção não significa necessariamente que os bebês vão nascer com cérebros menor do que o normal ou qualquer um dos outros defeitos de nascença, que vão desde problemas de olho para os problemas comuns, também associados com o vírus”, afirmam os pesquisadores.

Casos confirmados O Departamento de Saúde da Flórida confirmou 42 infecções de zika vírus lo por mosquitos até o momento. Os casos foram registrados em Broward, Palm Beach e Pinellas, todos com um caso. O restante está concentrado em Miami-Dade, mais precisamente em Miami Beach e Wynwood. Fonte: Miami Herald.

Moradores de Miami-Dade protestam contra pulverização excessiva de inseticida

Moradores de Wynwood, uma da áreas consideradas de risco pelos casos apresentados de zika vírus, têm protestado contra a pulverização com o inseticida Naled, uma substância tóxica proibida na Europa devido aos riscos à saúde.

“Ele já foi proibido em 22 países porque causa leucemia, câncer de pâncreas, afeta o sistema neurológico e também os fetos”, afirmou à agência EFE, Judd Allison, proprietário do espaço multiuso ToeJam BackLot, sobre a substância lançada em Miami três vezes por semana desde o dia 4 de agosto. Em Porto Rico, onde a zika foi declarada uma emergência de saúde pública, com mais de 10 mil casos confirmados, as fumigações com Naled também causaram polêmica, mas os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) defendem que esse inseticida “organofosforado” é eficaz e seguro para as pessoas. Ainda estão sendo realizadas novas fumigações em Wynwood, um bairro antes majoritariamente industrial e hoje mais turístico, por suas propostas artísticas originais e de design, localizado na zona norte do centro urbano de Miami, considerado o principal foco do vírus até agora. Segundo Allison, os residentes e proprietários de negócios locais estão preocupados com o surto da doença, mas também com a maneira escolhida pelas autoridades do estado para combater a zika. Fonte: Local 10.