Citigroup compra o banco Wachovia

Por Gazeta Admininstrator

O Citigroup chegou a um acordo, na manhã de segunda-feira(29) para aquisição das operações do Wachovia Corporation, salvando assim o Wachovia do colapso financeiro.

O Citigroup pagará $1 por ação, ou cerca de $2,2 bilhões, de acordo com fontes ligadas ao acordo, informa o jornal The New York Times.
Agentes reguladores federais trabalha-ram toda a semana para orquestrar a venda e chegaram a um acordo às 4 da madrugada de segunda-feira(29). No final das contas, o governo concordou em oferecer ao Citigroup uma garantia financeira sobre os ativos mais arriscados do Wachovia.

Acordo
O acordo foi similar àquele estabe-lecido entre o Federal Reserve (Banco Central norte-americano) e o JPMorgan Chase para aquisição do Bear Sterns.
O Citigroup assumirá os primeiros $42 bilhões em perdas, atrelados aos contratos de financiamento imobiliário do Wachovia, considerados de risco, e pagará ao Federal Insurance Deposit Corporation - FDIC (entidade reguladora do sistema bancário), $12 bilhões em ações preferenciais e garantias. Em troca, o FDIC absorverá todas as perdas acima do valor do acordo.

Prevenção
Agentes reguladores federais disseram que a iniciativa era necessária para evitar o que poderia ser o segundo maior colapso financeiro bancário, em menos de uma semana. Na quinta-feira, o governo orquestrou a venda do Washington Mutual para a JPMOrgan Chase.

De acordo com Sheila C. Bair, presidente do FDIC, os clientes do Wachovia não perceberão nenhuma mudança. “Não haverá interrupção dos serviços e os clientes do banco continuarão recebendo o atendimento normal”, disse Bair.
O acordo concentra uma parcela importante dos depósitos bancários norte-americanos nas mãos de três bancos: Bank of America, JPMorgan e Citigroup, que passam a controlar mais de 30% dos depósitos no País.

Conseqüencias
Por causa de tal concentração, tais bancos passarão a ter poder sem precedentes para fixar preços sobre empréstimos e serviços. As instituições, provavelmente, passarão a ser submetidas a uma observação severa por parte dos reguladores federais, observa a reportagem do New York Times. Alguns bancos pequenos e de médio porte, já encontram-se sob pressão e, deverão ter pouca margem para competir.