Clinton faz elogios a Lula e critica o
O ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton elogiou na noite de terça-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e criticou o "desafiante" chefe de Estado venezuelano, Hugo Chávez. Ao falar sobre a situação da América Latina numa conferência no México, Clinton disse que o presidente brasileiro se destacou como um líder "social, econômico e ecologicamente responsável".
"Sob a liderança de Lula, os brasileiros colocaram-se no lado positivo da interdependência global", disse o ex-presidente americano.
Clinton disse ainda que o atual governo brasileiro e o anterior, de Fernando Henrique Cardoso, "conseguiram excelentes avanços em diversas frentes".
Como exemplo, o ex-presidente dos EUA lembrou que as autoridades brasileiras conseguiram fornecer remédios e reduzir a mortalidade entre as pessoas afetadas pela aids, assim como combater eficazmente o analfabetismo.
"Lula se destacou como um líder responsável e levou o Brasil a fazer negócios com o resto do mundo", ressaltou.
Por outro lado, Clinton disse que, em contraste com a atuação de Lula, o presidente Chávez se mostra como um dirigente arrogante, "que se presume de ter todo o petróleo e o dinheiro para desafiar o resto do mundo".
"O modelo do senhor Chávez não levou prosperidade à Venezuela, e nem é um bom exemplo da inserção da América Latina no lado positivo da interdependência global", reiterou Clinton.
Os latino-americanos "não devem ficar no 'status quo', devem renovar-se permanentemente e têm que decidir qual desses modelos (o de Lula ou o de Chávez) é o correto", expressou.
O ex-presidente americano disse também que as crises políticas no Equador e Bolívia mostram que "há muitos desiludidos na América Latina por não fazerem parte do lado positivo da interdependência global".
"Mas com uma liderança honesta, uma sociedade civil ativa e construtiva e uma maior cooperação internacional, é possível conseguir a prosperidade coletiva e mudar o curso da história", acrescentou Clinton.
Clinton afirmou que durante seu mandato, entre 1993 e 2001, cooperou financeiramente com os países latino-americanos, ajudou na luta antidrogas e contra o terrorismo, além de abrir o mercado americano a essas nações. EFE lul dp