Colômbia registra 22.600 casos de zika, mais de 2.800 em grávidas

Por Gazeta News

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O segundo país mais afetado pelo vírus zika registra 22.612 infectados, entre eles 2.824 grávidas - de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pelo Instituto Nacional de Saúde da Colômbia no dia 6, com dados de até 30 de janeiro.

Apenas nas quatro primeiras semanas de 2016, quase 11 mil pessoas foram contaminadas na Colômbia. O Brasil já teve mais de um milhão e meio de casos reportados.

No dia 5, o Instituto Nacional de Saúde confirmou as três primeiras mortes associadas ao zika no país.

Embora, em geral, os sintomas do zika sejam leves - febre baixa, dor de cabeça e articular e erupções na pele -, suspeita-se de que as grávidas possam ter bebês com microcefalia, uma doença congênita irreversível que provoca danos irreparáveis no desenvolvimento motor e cognitivo da criança.

O vírus zika está presente em 205 municípios da Colômbia, 43% deles na região central do país e 20,9% no Caribe, onde se comemora nesta semana o carnaval de Barranquilla.

O departamento de Barranquilla registrou na última semana de janeiro 2.389 casos.

Dos casos notificados, 1.331 foram confirmados por laboratório e 21.281 por sintomas dos pacientes em clínicas. Há também 3.033 casos suspeitos em todo o país.

Entre as grávidas, 330 têm resultados positivos de laboratório. As mulheres concentram 64,8% dos casos.

No dia 5, a ONU pediu que se autorize o aborto em países afetados pelo zika. Já as autoridades colombianas recomendaram aos casais em janeiro que adiem a gravidez entre seis e oito meses.

O zika é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que também transmite dengue, febre amarela e chikungunya.

Na Colômbia, a previsão é de que haja mais de 600 mil infectados pelo vírus este ano e 500 casos de microcefalia, caso se repita a situação vivida no Brasil, o país mais afetado por esta epidemia.

O vírus se expandirá por todo o continente americano, exceto Canadá e Chile, advertiu a Organização Mundial de Saúde (OMS). Fonte: AFP.