Brasil e China dispensam dólar e cogitam crescimento bilateral

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Economia

Em um acordo histórico, o Brasil e a China anunciaram que não usarão mais o dólar em suas transações comerciais bilaterais. A medida deve impulsionar ainda mais a já forte relação comercial entre os dois países e diminuir a dependência do dólar como moeda de reserva internacional.

As repercussões positivas são muitas. A medida deve reduzir os custos das transações comerciais entre Brasil e China, além de aumentar a segurança financeira de ambos os países. Além disso, a iniciativa pode estimular outras nações a seguir o exemplo, o que pode levar a uma maior diversificação das moedas de reserva internacionais.

No entanto, também há preocupações. A mudança pode ter um impacto negativo na cotação do dólar, já que menos países estarão usando a moeda como reserva. Isso pode afetar a economia americana, que se beneficia da posição do dólar como moeda internacional de reserva. Além disso, a medida pode enfraquecer a imagem dos EUA no cenário mundial.

No Brasil, a medida pode levar a um risco de perder a âncora cambial em dólar. Em hipótese, o país deixará de ter dólares como lastro, o que pode afetar a estabilidade econômica. No entanto, os especialistas acreditam que esse risco é baixo, já que a economia brasileira está cada vez mais forte e diversificada.

Apesar dessas preocupações, é importante ressaltar que a mudança pode ser uma oportunidade para os países em desenvolvimento, como o Brasil e a Índia. Com o poder comercial mudando de mãos, esses países podem se beneficiar e ganhar mais destaque no cenário internacional.

De acordo com dados do Ministério da Economia do Brasil, a China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009. Em 2020, as exportações brasileiras para a China somaram US$ 35,4 bilhões, enquanto as importações brasileiras provenientes da China totalizaram US$ 27,4 bilhões. O superávit comercial brasileiro com a China foi de US$ 8,0 bilhões.

As exportações brasileiras para a China são impulsionadas principalmente por produtos como soja, petróleo, minério de ferro, carne e celulose, enquanto as importações brasileiras da China incluem principalmente bens manufaturados, como eletrônicos, máquinas e equipamentos, produtos químicos e têxteis.

Nos últimos anos, as relações comerciais entre Brasil e China têm se fortalecido, com ambos os países buscando aumentar o comércio e os investimentos bilaterais. Além disso, o Brasil tem trabalhado para diversificar suas exportações para a China, buscando aumentar as vendas de produtos como frutas, carnes de aves e bovinos, açúcar e café.

Em suma, a dispensa do dólar nas transações comerciais entre Brasil e China é um marco importante na história das relações comerciais internacionais. Embora haja riscos e preocupações, a medida pode ser uma oportunidade para o desenvolvimento econômico dos países em desenvolvimento.