Com impasse do Congresso, Trump assina novos decretos de estímulo econômico

Por Arlaine Castro

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[caption id="attachment_203401" align="alignleft" width="279"] Imagem: Casa Branca.[/caption] O presidente Donald Trump assinou quatro novas ações executivas no último sábado, 8, como estímulos econômicos para os americanos por causa da pandemia, após os partidos Republicano e Democrata fracassarem nas tentativas de acordo sobre um novo pacote de ajuda financeira na semana passada. “Estamos fartos e vamos salvar os empregos americanos e proporcionar ajuda aos trabalhadores”, declarou o presidente em coletiva de imprensa em seu clube de golfe de Bedminster, em Nova Jersey. Entre as medidas está a expansão dos benefícios a desempregados que expirou em julho, mas em menor valor. Agora, o suplemento semanal de US $ 600 para seguro-desemprego recém-expirado seria reduzido para US $ 400. A transferência do dinheiro para as contas da famílias seria feita em 75% pela administração federal, e 25% pelos estados. Trump também assinou uma medida para adiar os pagamentos de empréstimos estudantis e retenções de impostos sobre os salários para alguns trabalhadores. O presidente disse que ainda pode haver espaço para negociar com os democratas um novo pacote de alívio do coronavírus. Parte das ações executivas do presidente Trump exige que os estados cubram 25% dos pagamentos federais de desemprego. Do contrário, os trabalhadores desempregados não receberiam qualquer assistência federal. Isso ocorre porque muitos estados estão enfrentando desafios orçamentários significativos durante a pandemia. Eis os decretos de Trump: 1- Postergar os impostos sobre a folha de pagamento para americanos que ganham menos de US$ 100.000 por ano; 2- Implementar uma moratória sobre despejos e dar assistência financeira aos locatários; 3 – Adicionar US$ 400 por semana em benefícios extras de desemprego até o final de 2020, exigindo que os estados cubram 25% dos benefícios adicionais; e 4 – Adiar juros e pagamentos de empréstimos estudantis até o fim de 2020. Crítica dos congressistas  Os líderes do Partido Democrata no Congresso reagiram à assinatura dos decretos. A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, e o líder da minoria no Senado, Chuck Schummer, afirmaram em comunicado conjunto no sábado que as medidas anunciadas mostram que Trump ainda não compreendeu a urgência do coronavírus. “Estamos desapontados que, ao invés de trabalhar para resolver os problemas dos americanos, o presidente escolheu ficar em seu campo de golfe para anunciar políticas impraticáveis, fracas e estreitas.” O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, pediu nesta segunda-feira, 10, que os democratas sejam “razoáveis” nas negociações sobre um novo pacote de estímulos à economia. Após o impasse que determinou o fim das conversas na semana passada, o governo quer a aprovação de projetos específicos relativos a áreas sobre as quais há consenso. Para Mnuchin, Pelosi e Schumer estão “dispostos” a chegar a um acordo. O secretário pediu que os democratas desistam da ideia de aprovar um pacote único e aceitem fatiá-lo para que medidas sobre as quais há consenso possam avançar. Uma delas, por exemplo, é a renovação do Paycheck Protection Program (PPP), programa de ajuda às pequenas empresas mais afetadas pela crise. “Não vamos segurar tudo por pequenas coisas sobre as quais discordamos”, sugeriu o secretário. Apesar da busca por um entendimento, ele voltou a reforçar a posição da Casa Branca sobre a ajuda aos Estados e cidades. Os democratas querem repassar mais US$ 1 trilhão a governadores e prefeitos, número que, para Mnuchin, é “absurdo”. Os decretos do presidente poderão ser questionados nos tribunais por irem contra a vontade do Congresso, que tem poder constitucional sobre a maioria das decisões de gastos. Com informações da Associated Press. 
President Trump signed 4 executive actions to provide relief to Americans during the Coronavirus—providing a payroll tax... Publicado por The White House em Domingo, 9 de agosto de 2020