Comer em excesso pode dar mais culpa do que trair

Por Gazeta Admininstrator

É assim, pelo menos com os italianos. A maioria dos italianos sente-se mais culpada quando come demais do que quando trai o parceiro, mostrou uma pesquisa recente.
A sondagem, realizada pela revista de psicologia “Riza Psicosomatica”, descobriu que comer e gastar exageradamente estavam no topo da lista de ações que mais provocam culpa.
A infidelidade sexual apareceu na lanterna da lista dos “sete pecados mortais” da revista, atrás de negligenciar amigos e família, faltar ao trabalho e não cuidar da forma física.
A pesquisa ouviu cerca de mil italianos de 25 a 55 anos e revelou que a religião exerce pouca influência sobre o que leva as pessoas a se sentir culpadas, apesar das tradições católicas do país.
Apenas 7% dos entrevistados disseram que as doutrinas religiosas os influenciavam. Os fatores que mais pesam nos sentimentos de arrependimento são o julgamento dos parentes e a desaprovação da sociedade, de acordo com o levantamento.
Na Flórida, a psicóloga brasileira Katja Rego Johnson explica que a gula é um comportamento compulsivo como qualquer outro, a exemplo do consumo, bebida ou até trabalho em excesso, e que como qualquer outro comportamento humano, pode ser controlado.
Segundo ela, o importante é entender que o ser humano usa determinados comportamentos como forma de fuga, para não gerenciar o stress ou o problema psicológico que, potencialmente, seria a raíz do problema. “Acho que não é necessário ter um tratamento psicológico para resolver uma compulsão como a gula. É necessário que a pessoa entenda que a raíz do pro-
blema tem fundo psicológico”.
A psicóloga lembra que, no passado, antes de a psicologia ser plenamente conhecida como é hoje em dia, as pessoas utilizavam, por exemplo, a religião para lidar com esse tipo de problema. Ela acrescenta que, identificado o problema, é fundamental que o “guloso” reconheça que, muitas vezes, não é possível solucionar a dificuldade sozinho.
Johnson cita como exemplo o trabalho dos Vigilantes do Peso (Weight Wat-
chers em inglês), que baseia-se na ajuda em grupo e busca entender quais são as compulsões, como se comportar de outras maneiras para gerenciar a gula, ou o comportamento compulsivo em relação à vida.
De acordo com a especialista, não há, necessariamente, uma motivação comum para distúrbios de comportamento como a gula, embora, muitas vezes, os problemas ligados ao apetite, principalmente para as mullheres, estejam relacionados, de acordo com inúmeras pesquisas internacionais, a episódios passados de abusos sexuais.
Ela frisa, no entanto, que gostar de comer, por si só, não constitui um problema psicológico, da mesma forma que gostar de sexo, ou de trabalho também não são um problema psicológico. “Mas quando a pessoa tem comportamento compulsivo, aí sim temos que considerar que o que leva à compulsão tem raíz psicológica”, explica a especialista.
A dançarina Elaine Pereira, que por força da própria profissão mantém as medidas impecáveis, define-se como gulosa. E quem pensa que ela é daquelas consumo, bebida ou até trabalho em excesso, e que como qualquer outro comportamento humano, pode ser controlado.
Segundo ela, o importante é entender que o ser humano usa determinados comportamentos como forma de fuga, para não gerenciar o stress ou o problema psicológico que, potencialmente, seria a raíz do problema. “Acho que não é necessário ter um tratamento psicológico para resolver uma compulsão como a gula. É necessário que a pessoa entenda que a raíz do pro-
blema tem fundo psicológico”.
A psicóloga lembra que, no passado, antes de a psicologia ser plenamente conhecida como é hoje em dia, as pessoas utilizavam, por exemplo, a religião para lidar com esse tipo de problema. Ela acrescenta que, identificado o problema, é fundamental que o “guloso” reconheça que, muitas vezes, não é possível solucionar a dificuldade sozinho.
Johnson cita como exemplo o trabalho dos Vigilantes do Peso (Weight Wat-
chers em inglês), que baseia-se na ajuda em grupo e busca entender quais são as compulsões, como se comportar de outras maneiras para gerenciar a gula, ou o comportamento compulsivo em relação à vida.
De acordo com a especialista, não há, necessariamente, uma motivação comum para distúrbios de comportamento como a gula, embora, muitas vezes, os problemas ligados ao apetite, principalmente para as mullheres, estejam relacionados, de acordo com inúmeras pesquisas internacionais, a episódios passados de abusos sexuais.
Ela frisa, no entanto, que gostar de comer, por si só, não constitui um problema psicológico, da mesma forma que gostar de sexo, ou de trabalho também não são um problema psicológico. “Mas quando a pessoa tem comportamento compulsivo, aí sim temos que considerar que o que leva à compulsão tem raíz psicológica”, explica a especialista.
A dançarina Elaine Pereira, que por força da própria profissão mantém as medidas impecáveis, define-se como gulosa. E quem pensa que ela é daquelas gulosas frustradas, está muito enganado. Ela é um exemplo típico de que a gula não é, necessariamente, um problema. “Sou gulosa porque adoro comer e quando estou ansiosa, como mais. Como desde quiabo até os doces mais finos”, diz Elaine que diverte-
se com o assunto.
A dançarina de show de mulatas tem sorte. Não tem tendência a engordar, mas além disso não se descuida e pratica exer-cícios com regularidade para manter a forma. Ela confessa sentir-se culpada a cada vez que come demais, mas não leva o assunto muito à sério. “Como tudo, mas sinto culpa. Mas culpa é coisa que dá e passa porque eu como de novo”, brinca Elaine. Para ela a gula é um impulso controlável que faz parte de sua personalidade e que, por isso, não é motivo de preocupação. “Sou gulosa para tudo. Tudo que sinto é com muita intensidade”, define.
Chocolate – Inúmeras pesquisas hoje em dia comprovam que o chocolate estimula certa parte do cérebro relacionada ao sentimento de prazer. A química que ocorre entre o chocolate e o nosso prazer, de fato, é especial. O chocolate tem entre um de seus componentes básicos, o aminoácido feniletilamina, precursor da serotonina, substância fabricada pelo organismo humano em situações de felicidade.
Desejo de chocolate é diferente da vontade de comer geléia, pudim, goiabada, gelatina ou qualquer fruta. Quando o corpo descobre que existe o chocolate, que ao mesmo tempo que dá energia, relaxa as tensões, passa a pedir este alimento, muitas vezes de forma imperativa, fazendo a razão vencer o desejo. Este sinal delata o chocólatra (viciado em chocolate).
Uma barra de 30 gramas de chocolate ao leite possui em média 6mg de colesterol (o maior responsável pelo enfarte cardíaco) e 4mg de gorduras polinsaturadas e monoinsaturadas (que ajudam a nos proteger dos enfartes). Sendo assim, em relação ao colesterol no sangue, o chocolate começa a ser visto com maior benevolência e já não é tão enfaticamente contra-indicado em dietas. Os chocolates dietéticos têm em média as mesmas calorias que os chocolates adoçados com açúcar, e são algumas vezes mais gordurosos. Chocolates diets são indicados para atender ao público diabético e não aos que intencionam comer menos calorias.
Culpa – Como qualquer outro sentimento, explica Johnson, a culpa muitas vezes está relacionada à cultura em que vive a pessoa. “. Na Itália, a sociedade não se culpa por problemas de traição, mas mais por problemas de gula”, reforça a psicóloga. A culpa, lembra ela, faz parte do sentimento humano e, também, das sociedades como forma de controle comportamental. Mas para tudo há um limite. “Quando a culpa é excessiva e a pessoa começa a ter problemas de auto-estima e de depressão, aí é excessiva e tem que ser tratada”, diz Johnson.
Consumo – Outro exemplo de comportamento que, se levado ao extremo, pode ser patológico é o consumismo. A especialista explica que aquele ou aquela que está sempre canalizando suas frustrações e ansiedades para o consumo, como forma de fugir dos próprios problemas, pode estar diante de um caso a ser tratado, mas a definição da linha divisória entre o normal e o patológico, nem sempre é óbvia. “É difícil saber qual é o limite. Cada pessoa que está envolvida numa fuga está sempre negando que seja fuga. Por isso é importante ter o apoio de outro para te mostrar que realmente o seu comportamento não está dentro do padrão normal”, explica Johnson.
A especialista conclui que a motivação de qualquer comportamento compulsivo está relacionada à forma com que cada cultura administra o stress. “O brasileiro aqui nos EUA algumas vezes demora a se encontrar e a encontrar uma forma de gerenciar o stress”, ilustra a psicóloga. Ela sugere, por exemplo, a prática de exer-
cícios, especialmente aeróbicos, que estimulam a produção de adrenalina, que funciona como um anti-depressivo. “Além dos exercícios, é importante ter relacionamentos que sejam positivos, ter pessoas na vida com quem nos sintamos à vontade, amados, e com quem possamos expressar e receber afeto. Essa é uma ótima maneira de prevenir qualquer problema de stress”, finaliza a especialista.