Como é que se pode dar crédito à grande mídia e aos políticos?

Por Gazeta Admininstrator

E cada vez mais “senso comum” se considerar que toda a atividade política é um monte de lixo cercada de
material radioativo por todos os lados.

Para cada “aparentemente positiva”
medida, idéia ou iniciativa de um político, digamos, “bem intencioando, podem serapontadas dezenas de escândalos, baixarais, corrupção, mentiras finas, média e grossas.

E não pensem que estou encaminhando esse editorial para, masi uma vez, “bater pesado” nos políticos brasileiros, uma das mais justas “caixas de pancadas” da opinião pública brasileira, deveras. Sim, nossos políticos, em sua grandíssima maioria,
merecem condenação, desprezo e votos constantes de “desconfiança”.

Mas eles não estão muito distantes do festival de hipocrisia que cerca a política norte-americana, onde a mentira e o manipulação parecem ter definitivamente ocupado o lugar da lealdadeà causa da
Nação e o presumível compromisso com a causa pública.

Os escândalos do ex-governador – e ator canastrão popularesco – Arnold Schwarzenegger apenas se inserem numa longa lista de parlamentares que condenam nas tribunas, o que vivem fazendo
“por debaixo dos panos”, chefes de executivo
em níveis municipal, condados e estados, se notabilizam por todo tipo de roubalheira, infidelidadeconjugal, histeria e soberba que faz com que, cada vez mais, a política norte-americana esteja mais parecida com Hollywood do que a própria
Hollywood.

Este é um país livre. Disto não temos a menor dúvida. Mas a mesma liberdade, que tanto prezamos, é usada para manipular o eleitorado, especialmente quando a grande mídia, aquela que deveria acima de tudo se atrelar à verdade dos fatos, está miserávelmente comprometida com partidos.

E não pensem que são “mídias-partidos”
de direita, esquerda ou centro. Nada disso. Esta é um ingenuidade que não tem mais o menor cabimento.

São “mídias-partidos” orientados unicamente numa sangrenta batalha pelos lucros astronomicos, pelos privilégios imorais e pela conquista do troféu “quem
mente mais e melhor e sai impune” num quadro em que tudo é entretenimento e quase nada por ser levado a sério.
Há quem diga que teremos sempre o governo ou os políticos que merecemos?

Será um vaticínio ou uma atitude acomodade
de quem quer mesmo é se preocupar unicamente com o futebol-e-novelanossos-de-cada-dia?

A própria grande mídia tem se encarregado,
ela mesmo, de realçar o aspecto circense da política e dos políticos, transformando o debate nacional de temas da maior significação para o povo norte-americano, em “seriados cheios de vinhetas” e confrontos esquemáticos onde o interesse púiblico
é apenas uma manchete de impacto.

Os políticos vão à TV – inquestionávelmente a grande “arena deinformação e deformação” das cociedades modernas – já sabendo que irão representar num ridículo teatro de oposicionismo pr]econcebido, e já não surpreende ninguém que uma pergunta sobre os desastres dos tornados no meio oeste seja respondida com uma provocação sobre a reforma do health care.

O povo, tadinho, cada vez tem mais maquininhas portáteis, como os I-phones, I-pods e I-pads, masc ada vez tem menos elementos para abalizar seus raciocínios.

Aliás, racionar se tornou uma coisa totalmente
“fora de moda”. Tente extrair de uma caixa de supermercado uma conta básica de tabuada sem auxílio da calculadora e veja o que acontece: estado de pânico, desespero, choro e, quem sabe, até uma agressão em retorno.

Políticos, midiáticos e empresários estão cada vez mais corportivos, dentro de seus casulos e entre esses segmentos em sí.

Por isso, quem tem se apresentado para
concorrer a cargos de alta responsabilidade,
como as prefeituras, governos estaduais e federal, são cada vez mais marqueteiros de ocasião, caçadores de fama e dinheiro fácil, mordomeiros chapa-branca, do que gente realmente comprometida com os interesse da população.

Uma lástima. Será que existe ainda alguma chance de se reverter essa queda livre rumo ao caos e à mediocridade absoluta?