Como transferir dinheiro legalmente do Brasil aos EUA?

Por Claudia Fehribach

Muitas dúvidas, muitas perguntas sobre o tema, então fui procurar uma profissional nesta área e encontrei a super simpática Adriana Mattos, gerente de contas da Moneycorp, empresa inglesa líder na área de câmbio há mais de 35 anos. Adriana conta tudo o que você precisa saber sobre transferências monetárias para outro país, bem como esclarece as principais dúvidas dos brasileiros que pretendem investir nos EUA.

Claudia - Qual o atual perfil do cliente brasileiro que procura a Moneycorp? Adriana - Os clientes, hoje, têm intenção não somente de investir como a de imigrar para os EUA. Muitos buscam, além de investimentos imobilários, investimentos em empresas onde terão rendimentos em dólares, além de investimentos atrelados a algum tipo de visto. Há aqueles que também buscam por opções de dolarizar o seu patrimônio, diante da incerteza do mercado brasileiro.

Claudia - Existe a necessidade de abertura de conta nos EUA para um cliente brasileiro investir nos EUA? Adriana - Não. Muitos bancos brasileiros utilizam de tal manobra para evitar burocracias jurídicas na aprovação da transação, já que essa seria a maneira mais fácil de transferir fundos do Brasil. Porém, a Moneycorp é a única empresa que oferece o que chamamos de Conta de Pagamentos Internacional. Todos os nossos clientes, automaticamente, têm uma conta de pagamentos aberta em seu nome. Através dessa conta, eles podem realizar pagamentos internacionais para diversos provedores nos EUA, sem qualquer custo adicional. Exemplo dessas transferências são pagamentos realizados com cartórios, construtoras, arquitetos, advogados de imigração, decoradores e empresas de administração de imóveis.

Claudia - Para o investidor, é difícil transferir o dinheiro do Brasil para os EUA, e dos EUA para o Brasil? Existe alguma tributação? Qual a maneira mais eficiente para esse tipo de movimentação financeira? Adriana - O processo é muito simples. Para que se tenha a autorização de retirar fundos do país, a instituição financeira precisará identificar a origem dos recursos do residente e o motivo da transferência. Em relação à tributação no fechamento do câmbio, para compras de imóveis ou disponibilidade no exterior, não há nada além do IOF (0.38%) já descontados no ato do fechamento do câmbio. Basicamente, uma pessoa física no Brasil tem como base de análise seu Imposto de Renda mais atual. Se a origem foi do ano fiscal atual, precisamos documentar tal origem. A maneira mais eficiente é escolher um especialista. Para maiores questões tributárias, aconselhamos os clientes que procurem auxílio de um contator ou advogado especializado.

Claudia - Quais as vantagens e benefícios em transferir fundos de forma correta e legal? Adriana - Eu poderia enumerar dezenas, mas vou focar nas principais: segurança e possibilidade de repatriação. Se o capital saiu corretamente do Brasil, a qualquer momento você consegue repatriar esses fundos. Tirar o dinheiro ilegalmente do país, além de crime, é inseguro e limita as possibilidades de repatriação. Dinheiro que não sai pelo Banco Central, não volta pelo Banco Central. Claudia - Posso transferir dinheiro direto do meu banco no Brasil para os EUA? Adriana - Claro. Mas o processo de aprovação existe em todas as instituições licenciadas pelo Banco Central. Bancos no Brasil, em sua maioria, fazem com que o processo seja extremamente burocrático por falta de conhecimento, principalmente em relação às operações comerciais americanas. Além disso, a taxa de câmbio oferecida pelas instituições financeiras é mais cara e o processo pode ser muito demorado. Entre diversos benefícios, temos o acesso pelo cliente ao próprio especialista, um câmbio mais competitivo, além de contas de pagamentos internacional gratuitas, exclusivas da Moneycorp. Claudia - Qual a sua sugestão para o investidor se proteger com relação à flutuação do câmbio? Adriana - Uma das ferramentas utilizadas pelos investidores atualmente é a que chamamos de câmbio médio. Ou seja, ao invés de fechar o valor todo em um só dia, fecha o montante em períodos diferentes e faz uma média cambial. Outra opção é solicitar à corretora de valores monitorar o mercado. Quanto mais tempo o investidor possuir até a data crucial de transferência, mais chances ele terá de se beneficiar (ou se proteger) com a flutuação da moeda. Claudia – Algo a dizer aos brasileiros que pensam em investir nos EUA? Adriana - A transferência de fundos é um processo fácil, não deve ter nenhuma taxa escondida e não te prejudica tributariamente. Entender como funciona é o primeiro passo. A partir daí, é escolher o seu provedor. E bom investimento!