Como tratar o melasma? – Parte II

Por Priscila Honorato

No primeiro artigo, tiramos dúvidas com perguntas e respostas. No segundo, discutimos sobre os possíveis tratamentos para retirar por completo essas manchas. No artigo desta semana finalizamos as opções de tratamento para esse problema. Tenho certeza que agora você vai ficar craque nesse assunto. Chega de dúvidas!

Tratamento a laser para melasma Apesar dos vários métodos de se tratar o melasma hoje, o tratamento a laser é um dos que tem se mostrado mais eficaz. Quando falamos em “Tratamento a Laser para Melasma”, estamos falando de tecnologias com resultados muito bons. Os tipos de laser mais utilizados para tratamento de manchas hoje são:

• Luz Intensa Pulsada (IPL / LIP): um ótimo tratamento para alguns tipos de mancha, mas no melasma tem bastante chance de causar um efeito rebote, inclusive com piora das manchas. A decisão por esse método deve ser muito bem conversada com o profissional;

• Laser de CO2 Fracionado: o tratamento com Laser de CO2 Fracionado tem grande efeito para flacidez, marcas e cicatrizes. É também utilizado no tratamento de manchas, mas por ser mais agressivo e produzir mais calor, pode também piorar o melasma.

• Laser Nd-YAG QS (Laser Spectra, Elektra, Vektra QS): tem alta afinidade pela melanina e não provoca aquecimento da pele. Por isso, é o melhor laser para tratamento do melasma disponível atualmente. Devem ser feitas várias sessões com intervalos de 1 a 2 semanas, além dos cuidados em casa. É o laser mais seguro para esse tratamento, não causa efeito rebote, pode ser feito em qualquer época do ano, desde que respeitadas as orientações do dermatologista.

Observação: Ainda não existe nenhum tratamento definitivo para o melasma, por isso o acompanhamento que é feito posteriormente com o seu dermatologista é muito importante.

Microagulhamento no tratamento do Melasma Apesar do amplo arsenal terapêutico disponível para o tratamento do melasma, incluindo novos e antigos ativos tópicos, tecnologias com luzes e peelings, o controle clínico dessa melanodermia é extremamente desafiador. A proposta de veiculação de ativos com ação despigmentante tem sido utilizada, porém pouco se fala sobre a ação isolada do microagulhamento com potencial efeito clareador:

1. O microagulhemento com comprimento de agulha de 1,5 mm isoladamente, sem a adição de qualquer ativo, é capaz de provocar clareamento das manchas de pacientes com melasma reclacitrante;

2. O trauma provocado no procedimento deve ser modesto e a utilização de clareadores e filtro solar após o procedimento torna-se mandatória;

3. Apesar de algumas teorias propostas, o mecanismo exato de clareamento da pele ainda não está bem estabelecido;

4. Novos estudos controlados são necessários para melhor esclarecer o mecanismo de ação do microagulhamento no melasma, porém, podemos concluir que o grupo avaliado apresentou resultados promissores com a nova proposta terapêutica.

Os princípios básicos de ação já comprovados do Microagulhamento são o estímulo da regeneração celular por meio do processo de cicatrização, a proliferação de células-tronco e estímulo da síntese de elastina, da neocolagênese (produção de colágeno) e angiogênese (proliferação de vasos sanquíneos).

O microagulhamento pode ser combinado com ativos despigmentastes para clarear as manchas causadas pelo melasma (Drug Delivery) como: vitamina C, ácido retinóico, ácido tranexâmico e outro para clarear o melasma.

O resultado do microagulhamento com ou sem drug delivery aparece, em média, após um a dois meses do procedimento. O ideal é fazer, no mínimo, de três a quatro sessões, com intervalos de 30-45 dias. Cabe lembrar que esse tratamento deve ser feito em consultório, para que o dermatologista possa avaliar as condições da pele e o número de sessões necessárias. O médico também prescreve os produtos cosméticos para manutenção dos resultados.

Esse procedimento só deve ser feito com a indicação de um dermatologista.