Concessão de vistos EB-5 excede o limite de 10 mil por ano

O visto de investidor, um programa que permite estrangeiros conseguirem o green card ao investirem pelo menos $500 mil dólares nos Estados Unidos e criar pelo menos 10 vagas de emprego, tem feito tanto sucesso que, no ano passado, pela primeira vez excedeu o limite de 10 mil vistos por ano.

O programa, conhecido como EB-5, tem ajudado no desenvolvimento de projetos comerciais e residenciais em grandes cidades como Miami, Nova York, Los Angeles e Washington D.C. Esses projetos – primariamente empreendimentos residenciais e comerciais – não teriam conseguido financiamento tradicional de investidores dos EUA.

Em Miami, o programa está ajudando a financiar megaprojetos como o Panorama Tower, um prédio comercial e residencial de 83 andares em construção em Brickell.

No entanto, um projeto de lei que está no Congresso poderia ser desastroso, caso saia do papel, para os investidores. O projeto de lei aumentaria o valor do investimento entre $300 e $700 mil dólares, dependendo do tipo de projeto.

O maior problema da nova lei, segundo advogados de imigração, é que a nova exigência é retroativa a 15 de junho de 2015. Investidores teriam que provar uma série de coisas, como a criação de empregos em tempo integral que duraram pelo menos 24 meses e poderia levar à suspensão de green cards a milhares de investidores estrangeiros aprovados desde 15 de junho. O EB-5 começou em 1990, mas ficou praticamente desconhecido até a crise de 2007-2008. Desde então, o EB-5 se tornou um dos programas de investidor mais populares na história da imigração americana.

Em 2006, autoridades de imigração emitiram 502 vistos EB-5 a investidores estrangeiros. Mas o número desses vistos foram aumentando gradualmente: em 2007 foram 795; em 2008 foram 1443; em 2009, foram 4.218 e em 2013 foram 8.564. No último ano fiscal, os vistos ultrapassaram o limite anual de 10 mil, chegando a 10.692. A maioria dos investidores que recebem o visto EB-5 vêm da Ásia e da América do Sul, em grande parte venezuelanos. Fonte: Miami Herald.