Condenado à morte pede para ter execução antecipada nos EUA

Por Gazeta News

DOZIERCOURT foto (Bizuayehu Tesfaye Las Vegas Review-Journal
[caption id="attachment_169657" align="alignleft" width="386"] Scott Dolzier em audiência em 2017. Foto: Bizuayehu Tesfaye/Las Vegas Review-Journal.[/caption] Desde 2016 que Scott Dozier luta para ser executado. Ele foi condenado à morte por homicídio em 2002, e durante a audiência no final de julho de 2017, teve a execução, originalmente prevista para 16 de outubro daquele ano na prisão estadual de Ely, em Nevada, adiada para 14 de novembro e, em seguida, suspensa por tempo indeterminado, conforme relatado pela imprensa local. Quase um ano depois que pediu para ser executado, finalmente terá o pedido atendido nesta quarta, 11 de julho. "Já passou muito tempo, meritíssima. Estou pronto", foi a resposta de Scott Dozier quando a juíza Jennifer Togliatti anunciou a data em que seria executado em audiência em 2016. Na ocasião, ele anunciou que não apresentaria mais recursos em seu caso - só o faria se eles estivessem relacionados a uma disputa legal e médica sobre o método de sua execução. Dozier é um dos 'voluntários' do sistema prisional americano, como são chamados aqueles presos que pedem para serem executados sem tentar mais recorrer da decisão da Justiça. Desde que o país restabeleceu a pena de morte nos anos 1970, apenas 144 condenados se tornaram "voluntários". No mesmo período, foram realizadas 1.477 execuções, segundo dados do Centro de Informação sobre a Pena de Morte (DPIC), organização não-governamental dedicada à pesquisa e à análise da pena de morte. Os advogados de Dozier apresentaram a vítima como um traficante de drogas que estava tentando entrar no negócio da metanfetamina. Mas logo, a investigação descobriu que ele fora o responsável pelo corpo encontrado mutilado e sem cabeça que era de Jeremiah Miller, um homem de 22 anos. Os investigadores concluíram que Dozier ofereceu-se para ajudar Miller a obter os ingredientes para preparar a droga, mas, em vez disso, o matou para roubar US$ 12.000. A cabeça da vítima nunca foi encontrada, embora um informante tenha dito à polícia que Dozier poderia tê-la colocado em um balde de cimento. Após sua prisão, Dozier também foi indiciado pela morte de Jasen Greene, um homem de 26 anos cujo corpo foi encontrado desmembrado e enterrado no deserto do Arizona. Por essa razão, ele foi enviado para Phoenix, onde foi julgado e sentenciado a 22 anos de prisão. Embora houvesse vários testemunhos contra ele, Dozier sempre negou ter sido responsável por essa segunda morte. No início de julho, o Departamento de Execução Penal de Nevada anunciou que aplicará um coquetel que nunca foi testado, que mistura midazolam (um sedativo), fentanil (um opióide) e cisatracúrio (um agente paralisante neuromuscular). Com informações do Las Vegas Review Journal e Reuters. Leia tambémPromotoria pede pena de morte para Nikolas Cruz