Condoleezza nega tortura, mas não fala sobre prisões secretas

Por Gazeta Admininstrator

A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, tentou rebater as críticas européias às táticas usadas pelos americanos na guerra ao terrorismo, afirmando que as informações levantadas já salvaram vidas na Europa. Respondendo pela primeira vez aos questionamentos sobre o uso de território europeu para operações clandestinas, Rice disse que seu país "usará todas as armas legais para derrotar os terroristas". Ela afirmou que os EUA não torturam, e que o significado de "tortura" está fixado em lei. Mas a secretária recusou-se a confirmar ou negar a acusação de que os Estados Unidos operam presídios secretos dentro da Europa.

"Não podemos discutir informação que possa comprometer o sucesso de operações de espionagem, policiais e militares. Esperamos que outras nações compartilhem deste ponto de vista", disse a secretária em declaração prestada na base da Força Aérea Andrews, antes de partir para uma viagem à Europa.

O presidente George W. Bush já negou que os EUA pratiquem tortura, mas o discurso de Rice foi o comentário público mais detalhado que a administração americana já ofereceu sobre as dúvidas quanto aos métodos usados na guerra ao terror.

Ao sugerir que todas as práticas adotadas pelos EUA contam com a cooperação dos governos europeus, Rice tenta partilhar a pressão com os governos aliados. "Cabe a esses governos e seus povos dizer se querem trabalhar conosco", disse ela, "e quanto de informação delicada querem trazer a público".