Conferência discute presença verde e amarela no exterior

Por Gazeta Admininstrator

A primeira conferência organizada pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) sobre as comunidades brasileiras ao redor do mundo ocorreu nos dias 17 e 18 de julho no Palácio Itamaraty do Rio de Janeiro. O evento reuniu centenas de pessoas, entre eles oficiais do MRE, embaixadores, cônsules, professores universitários, estudiosos dos temas da emigração e imigração, pesquisadores, cientistas, bem como, líderes de organizações de assistência às comunidades brasileiras de vários países.

O MRE convidou representantes das comunidades brasileiras no exterior.
Representando a Flórida, participaram como convidados do MRE, Adriana Sabino, Presidente do Centro Cultural Brasil-USA da Flórida, o Pastor Silair da Primeira Igreja Batista e Loren de Oliveira do coral Brazilian Voices. Participaram também do Seminário, Gloria Johnson, Vice-Presidente do Centro Cultural, Beatriz Malnic do Brazilian Voices, além de algumas outras integrantes do coral.

O evento histórico, organizado pela Subsecretaria de Comunidades Brasileiras no Exterior, chefiada pelo Embaixador Oto Agripino Maia, que esteve em Fort Lauderdale em maio deste ano, e pela Fundação Alexandre Gusmão (FUNAG), foi aberto pelo Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

Participaram também da abertura do Seminário, dirigindo palavras aos participantes, o Ministro da Secretaria Geral da Presidencia da República, Luiz Dulci, o Senador Cristovam Buarque e o Ministro do Supremo Tribunal de Justiça, Joaquim Barbosa. Algumas destas autoridades comentaram que o número de brasileiros que atualmente reside no exterior, na Américas do Norte e do Sul, Europa e Oriente, é hoje estimado em mais de dois milhões, podendo chegar a três milhões, que enviam para o Brasil remessas anuais que somam mais de 7 bilhões de dólares, quantia que ultrapassa o valor da exportação de soja brasileira.

Os principais temas incluídos foram as possíveis formas de o governo brasileiro oferecer maior apoio às comunidades brasileiras no exterior, formas possíveis de o brasileiro registrar-se para votar nas eleições do país em que vive no exterior, necessidade de realização de um censo e o fenômeno do crescimento do número de imigrantes brasileiros que estão retornando ao Brasil, em virtude da recessão nos Estados Unidos, entre outros.

Os líderes das várias organizações brasileiras ao redor do mundo apresentaram propostas de como o Estado poderia ajudar as comunidades ao redor do mundo na educação e preservação da cultura, na criação de escolas brasileiras, na ajuda aos brasileiros detidos em prisões por crime ou violações imigratórias, entre vários outros.

Formaram-se quatro grupos (Ásia, Oceania, Oriente Médio e África, Europa, América do Sul e América do Norte) com o objetivo de organizar e documentar propostas de ação para cada região. O encontro foi encerrado com um coquetel e apresentação da Escola de Samba mirim Mangueira do Amanhã. (Colaboração: Adriana Sabino e Iara Morton).