The Conjuring (New Line Cinema) - Cinema

Por JANA NASCIMENTO NAGASE

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Estreiou na última sexta-feira, dia 19 de julho, The Conjuring, mais um filme de horror de baixo orçamento, de $20 milhões de dólares, mas que rendeu no final de semana de estreia o primeiro lugar no box office e já faturou $41.9 milhões de dólares. O filme é baseado no livro “House of Darkness, House of Light”, de Andrea Perron, uma história assombrada que ocorreu nos anos 70 na fazenda da família Perron, na cidade de Harrisville, em Rhode Island. No elenco, Patrick Wilson, Vera Farmiga, Lili Taylor, Joey King, Ron Livingston, entre outros. O filme é assustador, mas muito bem dirigido e editado. Eu tive a oportunidade de conversar com a atriz mirim Joey King e com a escritora Andrea Perron. Vamos conferir as entrevistas!

Entrevista

Jana – Do que se trata o filme The Conjuring? Joey – É baseado em fatos reais, que conta a história de uma família (um casal com cinco filhas) que se muda para uma fazenda e descobre, assim que se mudam, que a casa é assombrada. Eu interpreto Christine, sou a terceira filha do casal, e Andrea é a filha mais velha. Um filme muito assustador de se ver, mas foi muito legal ter feito. Nas gravações tinha essa energia assustadora.

Jana – Você leu alguns dos livros que Andrea escreveu? Joey – Não, infelizmente. Talvez, quando eu ficar mais adulta, eu leia... eu tenho medo e as histórias são assustadoras. Eu estou fazendo essas entrevistas e falando sobre o filme... isso já me deixa com medo. Eu até liguei pra minha mãe e perguntei se poderia dormir com ela essa noite, porque já estou com medo de novo.

Jana – Tem uma cena em que um espírito puxa a sua perna enquanto você está dormindo. O que você fazia depois das filmagens? Você achava que alguém ia vir e fazer o mesmo com você? Joey – Depois das filmagens, eu tinha que dormir com um travesseiro no meio das minhas pernas porque tinha muito medo.

Jana – O filme é muito intenso. Você teve alguma preparação especial para essa personagem? Joey – Sim, é muito intenso mesmo. Andrea me contou a história primeiro e depois eu e as outras atrizes encontramos as outras irmãs durante as gravações. Foi o máximo porque escutei as histórias direto da “fonte”, daquelas que viveram tudo aquilo que está no filme. Isso foi a minha preparação especial, minha pesquisa e foi aqui que a minha interpretação mudou, pois você se dá conta que isso tudo aconteceu mesmo.

Jana – Você acredita no mundo espiritual? Joey – Sim, acredito e agora mais ainda. Eu sei que existem bons espíritos por aí, mas os maus espíritos acabam tomando conta de tudo.

Jana – Como foi trabalhar com o diretor James Wan? Joey – James é maravilhoso! Ele é muito legal, amigo e engraçado. Difícil de acreditar que ele é um ótimo diretor de filme de terror... não entendo, pois ele é o máximo! Nas gravações, ele acabou sendo mais meu amigo do que um diretor. Tive uma ótima experiência trabalhando com ele.

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Jana – Você tem mais quatro irmãs. Suas irmãs colaboraram com você enquanto você estava escrevendo os livros? Andrea – Eu chamo os meu livros de uma coleção de memórias porque não são só minhas memórias, minhas histórias e acontecimentos, mas também delas e da nossa mãe. Eu fiquei muito tempo entrevistando-as e fazendo anotações do que tinha acontecido com cada uma de nós individualmente. Pude notar que as conversas tinham muitas coincidências. Foi como escrever um livro de história onde você coloca os acontecimentos e coincidências juntas.

Jana – Por que demorou 30 anos pra vocês falarem desses acontecimentos? Andrea – Eu sempre digo que a 30, 40 anos atrás, o mundo, a sociedade não estava pronta pra escutar esse tipo de história. Mas também nós – eu, minhas irmãs e minha mãe – não estávamos prontas para falar. Depois que mudamos de lá para Georgia, nós não conversavamos sobre o assunto. Vivemos nessa fazenda por 10 anos e não queríamos ir. Mas minha mãe, no último ano, disse ao meu pai que não aguentaria viver mais um ano naquela casa. Por isso, saímos de lá.

Jana – Essas memórias ilustradas e contadas no filme estavam bem frescas na sua mente ou já tinham sido esquecidas? Andrea – Elas são e estão extremamente frescas, mas não só na minha mente como também na das minhas irmãs e da minha mãe. Enquanto eu estava escrevendo o livro, minha mãe me disse: “nós tentamos enterrar esses acontecimentos por tantos anos e, agora, que estamos colocando pra fora, esse acontecimentos estão tão próximos da gente novamente”.

Jana – Mesmo sabendo o que estava acontecendo na casa, por que vocês ficaram lá por 10 anos? Andrea – Essa é uma boa pergunta. Eu acho que é o que eu mais me pergunto em todos esses anos. Tem outras razões também, mas eu acho que ficamos porque tínhamos que reconhecer a existência desses espíritos e viver todos os momentos e acontecimentos e agora dividir com as pessoas o que vivenciamos lá.

Jana – Seu pai e sua mãe não acreditavam na existência desses espíritos desde o início. Por quê? Andrea – Minha mãe achava que era brincadeira de criança até que um dia ela presenciou. Meu pai custou a acreditar porque ele era o chefe da casa, da família e, com esses acontecimentos, ele não podia proteger a nossa família desses espíritos.

Jana – Você acha que o filme mostra tudo o que vocês vivenciaram naquela casa? Andrea – Não! E isso seria impossível. James Wan dirigiu muito bem. Ele é um máster no que faz. Ele conseguiu capturar a essência do que passou com a gente, mas seria impossível colocar 10 anos de experiência em duas horas de filme. Por isso, ele foi bem seletivo na escolha dos fatos e das cenas. E eu acho que ele conseguiu expor tudo o que passamos.

Estreias da Semana

The Wolverine 3D (20th Century Fox) Esse é o segundo filme do mutante Wolverine. Dessa vez, ele vai até o oriente e entra em contato com a cultura milenar japonesa. Esse longa é baseado nos quadrinhos criados por Chris Claremont e Frank Miller, mas foram reescritos por Mark Bombac para as telas grandes. No elenco, Hugh Jackman, Rila Fukushima, Svetlana Khodchenkova, entre outros. A direção ficou a cargo de James Mangold. Estreia: 26 de julho.

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The To Do List (CBS Films) Estreia também na próxima sexta-feira, dia 26 de julho, a comédia com a atriz Aubrey Plaza, que conta a história de uma estudante CDF que cria uma lista de todas as coisas que tem que fazer antes de entrar para a faculdade. Além de Aubrey, estão no elenco Rachel Bilson, Andy Samberg, Scott Porter, Christopher Mintz-Plasse, entre outros. Esse é o primeiro longa da diretora de documentários e curtas Maggie Carey. Estreia: 26 de julho.