Construtora brasileira vende imóveis em Miami

Por Gazeta Admininstrator

A cidade de Miami deve passar ao largo do atual processo de desaquecimento do setor imobiliário nos Estados Unidos, segundo Frank Guerra, presidente da Neo, uma das maiores construtoras do país. “A cidade não passa por turbulência. Seu mercado crescia entre 8% e 11% enquanto o movimento no resto do país caía 2%”. Guerra está no Brasil para atrair investidores para seu mais novo lançamento, o Cima.

Localizado no centro da cidade e com vista para o rio Miami, o prédio residencial de alto padrão - que começa a ser construído em setembro - terá 52 andares e vai oferecer serviços de hotel de luxo 24 horas por dia. As 500 unidades (11 por andar) têm preços que variam de US$ 400 mil a US$ 800 mil. A entrega está prevista para o final de 2009 e, segundo a empresa, os apartamentos mais caros já estão todos vendidos.

A comercialização está sendo feita em parceria com a Sotheby’s International Realty no Brasil - braço imobiliário da tradicional empresa de leilões inglesa Sotheby’s, que desembarcou aqui há seis meses.

“Esta é a melhor hora para investir no mercado de Miami”, afirma o sócio-diretor da Sotheby’s Brasil, Fábio Rossi, citando ainda a valorização do real frente à moeda norte-americana como vantagem de adquirir um imóvel em Miami. “São pedidos apenas 10% de sinal de compra do imóvel e 10% na entrega das chaves. Além disso, é possível obter financiamento em bancos brasileiros”, afirma Rossi.

A forte demanda por imóveis é explicada principalmente pelas altas taxas de imigração e interesse grande de aposentados ou americanos que buscam segundas ou terceiras moradias. Nos últimos cinco anos, a Flórida recebeu 30 milhões de imigrantes anualmente.

A maior parte, segundo Guerra, mora em Miami. Da população da cidade, ape-nas 28% é norte-americana. Outros 53% são latinos.
“Depois do atentado terrorista de 11 de setembro de 2001, as exigências aumentaram e o perfil do imigrante que vai para Miami mudou”, diz Rossi. “Agora quem vai para Miami são os ricos dos países sul-americanos, que fogem dos problemas latinos (políticos, econômicos ou de segurança)”.

Interesse no Brasil
Esta é a terceira vez que Guerra vai ao Brasil com interesse em conhecer o mercado imobiliário brasileiro. A construtora pode, segundo o empresário, investir no mercado nacional. “É algo a médio e longo prazos. É preciso estudar esse mercado, seus custos de construção, áreas de valorização”.

Guerra foi a convite da Sotheby’s conhecer regiões como a Vila Leopoldina e Lapa, na zona Oeste da capital paulista. “São locais de alta valorização, onde é possível reproduzir o know-how desenvolvido em Downtown Miami”, afirma Rossi